Segue abaixo texto elaborado para trabalho de história
(ou seja, falta do que postar):
OLGA – Crítica ao filme
Em sua maioria, os filmes baseados em fatos reais e históricos possuem um apelo emocional para a contextualização do evento muito forte, procurando levar o telespectador a se integrar dos sentimentos vividos na época do acontecimento. Em suma, espera-se que as situações que ocorram durante a trama mostrem o peso emocional que isso causou na personagem ou qual a repercussão de suas ações para o contexto histórico. E nisso Olga possui uma fenda negativa.
Contando a vida de Olga Benário, ativista do comunismo e alemã, o filme apresenta suas ações em sua terra natal e seus envolvimentos ao se aliar à causa brasileira contra o governo totalitário de Getúlio Vargas ao lado de Luís Carlos Prestes, bem como seu envolvimento amoroso com o mesmo. Apesar de ficar explícito a situação em que as personagens vivem, a trama parece dar mais ênfase na revolução como a causa do relacionamento de Olga e Prestes, apresentando as situações intrincadas do nazismo alemão e a simpatia do governo brasileiro apenas como ápices para dramatizar o envolvimento dos dois. Em muito se parece com uma novela, condensada em um único capítulo, talvez pelo fato de Monjardim, diretor do filme, ter feito somente telenovelas antes de Olga.
E se há falta de apelo histórico aos personagens, também o há nos diálogos. Longas falas, talvez elaboradas demais para pessoas que estavam no mesmo momento escapando de militares, dão um certo tom teatral, afastando ainda mais a perspectiva de sofrimento da situação e dando lugar a um “conto brasileiro”, que é o que parece ter sido a intenção de seus realizadores. Ao invés de caracterizar-se pelo desespero das invasões dos militares, por movimentação e por planos conspiratórios mais ambientados, os personagens parecem só demonstram emoções quando relacionam entre si, entre seus problemas pessoais, e abandonam as feições emotivas quando estão discutindo problemas políticos e de sobrevivência. Talvez a curta carreira no mundo artístico de Camila Morgado, intérprete da personagem-título, tenha impedido de que ela se expresse nas mais variadas situações.
Mas nem por isso o filme perde seu clima. O elenco que cerca a “café-com-leite” Camila é realmente um peso considerável ao sucesso do filme. Caco Ciocler, que no filme faz Prestes, consegue dar emoção e mais naturalidade as frases mal elaboradas e longas do roteiro e é o único que realmente parece se mais ao que acontece ao país do que as próprias emoções. Ganha destaque na cena em que lê a carta de Olga que lhe conta sobre a gravidez, numa tomada sem cortes que começa em um close e afasta lentamente, apresentando gradativamente o choque emocional de um recém-descoberto pai. A dupla de Fernanda Montenegro e Mariana Lima trabalham bem ao darem as características familiares da história, mesmo que sua já elevada categoria as vezes se contrapõem à falsidade dos coadjuvantes que as cercam.
Apesar de criticada, a fotografia do filme é bastante peculiar aos filmes convencionais brasileiros e as cores apresentam tonalidades que dão um clima mais sombrio à época em que a história se passa. Não fosse a ambientação pequena de casas e prisões, pode-se perceber que há um mundo grande e tenebroso que espera as personagens aparecerem para atacá-los. Palmas a Ricardo Della Rosa, que ficou responsável por isso (não por menos recebeu os prêmios de Melhor direção de arte, Melhor Figurino e Melhor maquiagem no Grande Prêmio BR de Cinema Brasileiro, em 2006).
Exalto aqui a ambientação do filme e à sua vontade de apresentar a época crítica em que se passa a história, mas infelizmente o filme tornar-se-ia mais grandioso se em vez de se preocupar tanto com a mudança de postura de Olga (de garota revolucionária para esposa e mãe) inteirasse mais aos telespectadores da movimentação política e dos efeitos que isso causou nos personagens. Claramente essa ruptura fica à cargo de se concentrar o filme na vida de Olga, onde é impossível imaginar ela se preocupando com o mundo quando tem uma criança no colo (antes o nome do filme fosse Prestes!). Porém, a falha do diretor é compensada pelo bom trabalho da equipe anexa, que se empenhou para dramatizar da melhor forma possível aquela alemã que em pouco tempo, tornou-se uma brasileira convicta.
Olga
Ano de produção: 2003/2004
Lançamento: 20/08/2004
Direção: Jayme Monjardim
Roteiro: Rita Buzzar
Fotografia: Ricardo Della Rosa
Trilha Sonora: Marcus Viana
Figurino: Paulo Lois
Direção de Arte e Cenografia: Tiza Oliveira, Gelson Santos, Érika Lovisi
Atores: Camila Morgado, Caco Ciocler, Fernanda Montenegro, Mariana Lima, Renata Jesion, Osmar Prado, Luis Mello, Eliane Giardini, Werner Schünemann, Floriano Peixoto, Murilo Rosa, José Dumont.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Ensaio: Épico
(...)
- E que a recíproca seja a mesma! Mostraremos a eles a agonia que nosso povo sentiu! Até o findar do dia, eles tomarão conhecimento de nosso poder!
A ponta de sua espada parecia tocar as nuvens. Como em resposta, outras duas mil espadas desembainharam-se e cintilaram no ar.
- Lembrem-se o que eles fizeram aos nossos filhos e mulheres. Recordem-se da dor que causaram a nossos pais e mães. Revivam em seus corações os irmãos que perdemos. Mostremos a eles que a vingança de nosso povo queima mais que ferro retirado da fornalha e que nossos pés cavalguem sobre eles tão pesadamente como um cavalo selvagem.
O brado dos homens atrás de seu líder era ensurdecedor. Mas em um breve passar de momento, tudo se silenciou. O horizonte à sua frente, uma linha longa contornou a encosta das colinas e desceu como uma sombra sobre os campos. Em poucos minutos todo o verde da planície ficou escuro e coberto de homens e cavalos, vindos em uma marcha contínua e toda a coragem dos guerreiros pareceu se exaurir, dando lugar a um vácuo em seus peitos, tocado pela gélida sensação de morte.
O silêncio mortal do exército o incomodava e em sua mente não havia mais palavras que pudessem motivar seus guerreiros. Como se não bastasse, um atalaia chegou as pressas em seu cavalo. Desmontou de forma precipitada, tropeçando e se postou ofegante:
- Senhor. Pelo sul. Mais homens se apressam armados. Muitos – não conseguia pronunciar direito e estava em completo desespero.
- Acalme-se, homem. Quantos homens estimam-se ter?
- Quinze mil. E não conto os que estão vindo a nossa frente. O flanco esquerdo não suportaria mais de hora nessa batalha!
- Pegue seu cavalo e volte à cidade. Peça ao rei que separe cada homem, jovem ou idoso, que tenha capacidade de levantar uma espada, que venha ao nosso encontro. Aos demais, que partam imediatamente para qualquer lugar onde sejam bem acolhidos. E que rezem por nossas vidas.
O atalaia subiu em no cavalo e disparou, tanto como a flecha de um arqueiro em disputa, impulsionado pelas palavras do comandante, que se voltava para falar ao seu exército novamente:
- Homens, desbravadores, mercadores, pais de família. Dessa noite não passaremos. Não é em vão, porém, nossa morte. Pois ou tombaremos como heróis ou viveremos como os mais sortudos deste mundo. Que assim seja nossa prece, mas que nossa lâmina parta como a quem não teme. Se até nos vem cem homens, lutaremos como se cada um fosse cento e cinqüenta! S eles lutam tendo por certo a vitória, nós lutaremos tendo por certo nossa morte!
Cada um, sendo o mais hábil ou o mais atrofiado no manejo, apertou com maior força o cabo de sua espada enquanto em seus lábios saíam preces de misericórdia. Pouco a pouco os campos se encobriam por mais homens e a sombra do gigantesco exército se aproximava mais e mais.
- Lutemos, irmãos. Não pelo que nos é certeza. Mas pelo que nos parece impossível!
E não há homem vivo hoje que possa explicar o mistério que cerca o findar desta batalha(...)
- E que a recíproca seja a mesma! Mostraremos a eles a agonia que nosso povo sentiu! Até o findar do dia, eles tomarão conhecimento de nosso poder!
A ponta de sua espada parecia tocar as nuvens. Como em resposta, outras duas mil espadas desembainharam-se e cintilaram no ar.
- Lembrem-se o que eles fizeram aos nossos filhos e mulheres. Recordem-se da dor que causaram a nossos pais e mães. Revivam em seus corações os irmãos que perdemos. Mostremos a eles que a vingança de nosso povo queima mais que ferro retirado da fornalha e que nossos pés cavalguem sobre eles tão pesadamente como um cavalo selvagem.
O brado dos homens atrás de seu líder era ensurdecedor. Mas em um breve passar de momento, tudo se silenciou. O horizonte à sua frente, uma linha longa contornou a encosta das colinas e desceu como uma sombra sobre os campos. Em poucos minutos todo o verde da planície ficou escuro e coberto de homens e cavalos, vindos em uma marcha contínua e toda a coragem dos guerreiros pareceu se exaurir, dando lugar a um vácuo em seus peitos, tocado pela gélida sensação de morte.
O silêncio mortal do exército o incomodava e em sua mente não havia mais palavras que pudessem motivar seus guerreiros. Como se não bastasse, um atalaia chegou as pressas em seu cavalo. Desmontou de forma precipitada, tropeçando e se postou ofegante:
- Senhor. Pelo sul. Mais homens se apressam armados. Muitos – não conseguia pronunciar direito e estava em completo desespero.
- Acalme-se, homem. Quantos homens estimam-se ter?
- Quinze mil. E não conto os que estão vindo a nossa frente. O flanco esquerdo não suportaria mais de hora nessa batalha!
- Pegue seu cavalo e volte à cidade. Peça ao rei que separe cada homem, jovem ou idoso, que tenha capacidade de levantar uma espada, que venha ao nosso encontro. Aos demais, que partam imediatamente para qualquer lugar onde sejam bem acolhidos. E que rezem por nossas vidas.
O atalaia subiu em no cavalo e disparou, tanto como a flecha de um arqueiro em disputa, impulsionado pelas palavras do comandante, que se voltava para falar ao seu exército novamente:
- Homens, desbravadores, mercadores, pais de família. Dessa noite não passaremos. Não é em vão, porém, nossa morte. Pois ou tombaremos como heróis ou viveremos como os mais sortudos deste mundo. Que assim seja nossa prece, mas que nossa lâmina parta como a quem não teme. Se até nos vem cem homens, lutaremos como se cada um fosse cento e cinqüenta! S eles lutam tendo por certo a vitória, nós lutaremos tendo por certo nossa morte!
Cada um, sendo o mais hábil ou o mais atrofiado no manejo, apertou com maior força o cabo de sua espada enquanto em seus lábios saíam preces de misericórdia. Pouco a pouco os campos se encobriam por mais homens e a sombra do gigantesco exército se aproximava mais e mais.
- Lutemos, irmãos. Não pelo que nos é certeza. Mas pelo que nos parece impossível!
E não há homem vivo hoje que possa explicar o mistério que cerca o findar desta batalha(...)
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Say Papapapapa for you to understand !
O "Cultura Para (e por) Quem não é Culto" indica: Mallu Magalhães é uma boa opção musical. Já bem sei que essa postagem será considerada "bairrista" e vão me taxar por determinados elogios, mas é o que eu posso oferecer de novo (e bom) em meio à onda decadente que surge todos os dias na música "popular" brasileira. E convenhamos, devemos espalhar novidades construtivas, já que a música pornográfica e desvalorizada avança muito mais rápido na nossa sociedade.
E Mallu é totalmente o oposto disso. Nada de pornografia, nada de desvalorização do ser humano, nada de palavreado baixo, nada de música sem sentido ou que não nos leve a cultura nenhuma. Já escutar Mallu Magalhães nos faz buscar as raízes do Rock n Roll e do Folkabilly, sem contar que apresenta novamente aos nossos ouvidos que diferença uma gaita pode fazer na música, ou uma intercalação sem letras, valendo-se de expressões onomatopéicas que enriquecem os acordes do violão e costumam vir a nossa cabeça em momentos alegres.
Com inspiração acentuada de Johnny Cash, Elvis Presley, Beatles, dos mestres do blues e de outros estilos que muitas vezes não chegaram a ser conhecidos mundialmente, a garota de 15 anos arriscou entrar no mundo musical brasileiro da forma como poucos (ou ninguém) fazem hoje em dia e da qual se consideraria quase impossível de ser reconhecida. QUASE porque ainda existem pessoas com cultura de valor. Enquanto muitos ganham sucesso nos verões praianos, lançando músicas de uma frase só, valendo-se mais da comercialização do que da composição, Mallu Magalhães decidiu ingressar com gravações próprias, sendo reconhecida através de apresentações e entrevistas ao invés de comerciais e festas de verão. Sem selos ou gravadoras, ela já tornou seu nome público e ganhou fãs diversos, porém sem isentar aqueles que a criticam incansavelmente.
Poderia dizer que são críticos sem base para suas teses, mas infelizmente eles a tem. Desconsideram-na como uma má representante da música brasileira por valer-se da língua inglesa na maior parte de suas composições. Taxam-na pela sua ingenuidade diante das câmeras. Criticam-na pela falta de contextualidade em suas letras. E à luz do mercado musical em nosso país, pode ser até que eles tenham alguma razão. Porém é interessante analisar a visão da garota antes de descartá-la de sua “playlist”.
Com atuais quinze anos de idade, Mallu Magalhães compõe, canta e toca suas próprias músicas além de adaptar alguns covers dos músicos que a inspiram. Com letras simples, que geralmente retratam felicidade em coisas pequenas, tristezas por não poder fazer mais por este mundo ou alguém importante que está longe, a garota conseguiu dinheiro emprestado para gravar algumas de suas composições preferidas e, colocando na internet, conseguiu nome no público. Adquiriu uma banda que a ajudasse a tocar e faz shows aos finais de semana em pequenos locais da cidade de São Paulo. Talvez por sua letra “fraca” (vocês já leram a postagem sobre o Créu?), que não possui qualquer crítica ao país ou ao sistema político, até mesmo as guerras, Mallu é muitas vezes desconsiderada como uma nova representante de nossa música e desconsiderada para que concorra a ser a criadora de um novo estilo musical (nomeada por ela mesmo de Folkabilly ou Folk n’ Roll).
Não é por menos. Nenhum jovem quer tocar Tchubaruba em seu carro quando está se dirigindo a uma balada, ou cantarolar o refrão de J1 como protesto ao governo. Porém os velhos conhecidos do rei Elvis ou dos mestres do Yeah-yeah-yeah aproveitariam muito bem a viagem de ônibus com as músicas simples da jovem Magalhães. Ela por si só sabe que a qualidade da música respeitada hoje em dia pela maior parte dos ouvintes não foi feita necessariamente para ser arte, apenas para ser reconhecida e vender. E é exatamente essa a idéia de quando ela compõe.
Sabe quando você está com aquele sentimento em seu interior e a primeira coisa que faz quando tem um tempo livre é pegar um lápis e um papel e fazer um desenho, não importa quanto tempo leve ou quantas pessoas o vejam? Ou quando aquele pensamento não lhe sai da cabeça até que você abra o Word, sem ao menos pensar se alguém vai ler e concordar?
Talvez seja essa a ansiedade que inspira as músicas da Mallu e, convenhamos, ela é uma garota, não vai querer expressar (mesmo porque ela não tenha isso) sentimentos de revolta social ou conflitos amorosos.
Escute-a apenas para deixar seus ouvidos sentirem algo mais leve de vez em quando. Livre-se da música pesada e das preocupações e responsabilidades diárias. Escute-a e pense que você tem apenas quinze anos e nada mais importa por um momento do que voltar da escola e pegar um violão para passar a tarde em baixo de uma árvore.
E Mallu é totalmente o oposto disso. Nada de pornografia, nada de desvalorização do ser humano, nada de palavreado baixo, nada de música sem sentido ou que não nos leve a cultura nenhuma. Já escutar Mallu Magalhães nos faz buscar as raízes do Rock n Roll e do Folkabilly, sem contar que apresenta novamente aos nossos ouvidos que diferença uma gaita pode fazer na música, ou uma intercalação sem letras, valendo-se de expressões onomatopéicas que enriquecem os acordes do violão e costumam vir a nossa cabeça em momentos alegres.
Com inspiração acentuada de Johnny Cash, Elvis Presley, Beatles, dos mestres do blues e de outros estilos que muitas vezes não chegaram a ser conhecidos mundialmente, a garota de 15 anos arriscou entrar no mundo musical brasileiro da forma como poucos (ou ninguém) fazem hoje em dia e da qual se consideraria quase impossível de ser reconhecida. QUASE porque ainda existem pessoas com cultura de valor. Enquanto muitos ganham sucesso nos verões praianos, lançando músicas de uma frase só, valendo-se mais da comercialização do que da composição, Mallu Magalhães decidiu ingressar com gravações próprias, sendo reconhecida através de apresentações e entrevistas ao invés de comerciais e festas de verão. Sem selos ou gravadoras, ela já tornou seu nome público e ganhou fãs diversos, porém sem isentar aqueles que a criticam incansavelmente.
Poderia dizer que são críticos sem base para suas teses, mas infelizmente eles a tem. Desconsideram-na como uma má representante da música brasileira por valer-se da língua inglesa na maior parte de suas composições. Taxam-na pela sua ingenuidade diante das câmeras. Criticam-na pela falta de contextualidade em suas letras. E à luz do mercado musical em nosso país, pode ser até que eles tenham alguma razão. Porém é interessante analisar a visão da garota antes de descartá-la de sua “playlist”.
Com atuais quinze anos de idade, Mallu Magalhães compõe, canta e toca suas próprias músicas além de adaptar alguns covers dos músicos que a inspiram. Com letras simples, que geralmente retratam felicidade em coisas pequenas, tristezas por não poder fazer mais por este mundo ou alguém importante que está longe, a garota conseguiu dinheiro emprestado para gravar algumas de suas composições preferidas e, colocando na internet, conseguiu nome no público. Adquiriu uma banda que a ajudasse a tocar e faz shows aos finais de semana em pequenos locais da cidade de São Paulo. Talvez por sua letra “fraca” (vocês já leram a postagem sobre o Créu?), que não possui qualquer crítica ao país ou ao sistema político, até mesmo as guerras, Mallu é muitas vezes desconsiderada como uma nova representante de nossa música e desconsiderada para que concorra a ser a criadora de um novo estilo musical (nomeada por ela mesmo de Folkabilly ou Folk n’ Roll).
Não é por menos. Nenhum jovem quer tocar Tchubaruba em seu carro quando está se dirigindo a uma balada, ou cantarolar o refrão de J1 como protesto ao governo. Porém os velhos conhecidos do rei Elvis ou dos mestres do Yeah-yeah-yeah aproveitariam muito bem a viagem de ônibus com as músicas simples da jovem Magalhães. Ela por si só sabe que a qualidade da música respeitada hoje em dia pela maior parte dos ouvintes não foi feita necessariamente para ser arte, apenas para ser reconhecida e vender. E é exatamente essa a idéia de quando ela compõe.
Sabe quando você está com aquele sentimento em seu interior e a primeira coisa que faz quando tem um tempo livre é pegar um lápis e um papel e fazer um desenho, não importa quanto tempo leve ou quantas pessoas o vejam? Ou quando aquele pensamento não lhe sai da cabeça até que você abra o Word, sem ao menos pensar se alguém vai ler e concordar?
Talvez seja essa a ansiedade que inspira as músicas da Mallu e, convenhamos, ela é uma garota, não vai querer expressar (mesmo porque ela não tenha isso) sentimentos de revolta social ou conflitos amorosos.
Escute-a apenas para deixar seus ouvidos sentirem algo mais leve de vez em quando. Livre-se da música pesada e das preocupações e responsabilidades diárias. Escute-a e pense que você tem apenas quinze anos e nada mais importa por um momento do que voltar da escola e pegar um violão para passar a tarde em baixo de uma árvore.
terça-feira, 24 de junho de 2008
Ensaio: Ficção-científica
Dizem que se Eisntein não tivesse nascido, o avanço do conhecimento científico e tecnológico humano estaria em atraso por meio século. Se tratanto então de Alan IV, talvez estivéssemos ainda na era do combustível petrolífero. E quem dera ele estivesse vivo até hoje para ver as maravilhas que suas descobertas nos trouxeram! Cada quadrante ocupado, cada matéria descoberta! Se não fossem os motores movidos à propulsão de quadriuns, esta minha viagem até Titã nunca seria possível.
Dentro do imenso ônibus espacial (só em meu setor podia contar cerca de cem passageiros dispostos em cadeiras e mesas bem espaçadas) o motor não produzia mais do que um leve ruído, semelhante ao de uma máquina ligada há centenas de metros. Já os corredores inferiores, por onde transitavam os avaliadores e os mecânicos, o barulho deveria ser infernal.
Divagando por esses assuntos, cochilei durante alguns instantes até que o pedestal, imergente do centro setor, anunciou nosso pouso dentro de dez minutos. Levantei de meu assento, espreguiçando-me longamente, e fui até a fileira de bancos laterais. Acomodei-me ao lado de um senhor baixo, mas muito acima do peso, com um longo bigode e costeletas gigantes (provavelmente vindo de Marte, onde a moda das costeletas estava em alta).
- É lindo, não é? A lua Titã, caminhando por volta de Saturno, sob as estrelas e o silêncio do vácuo. É como dizia Shawnk: "Se jornada a Titã tão longe não fosse, tão magnífica não seria sua paisagem. Se Saturno tão inquieto não existisse, a dança da Lua-Mor seria apenas uma miragem"
Dei-lhe um sorriso, como quem consente com a citação. Certamente ele vinha de Marte, pois é de lá quem vem os amantes das obras poéticas. Mas nem toda poesia marciana poderia descrever a sensação de se chegar pela primeira vez a Titã. Logo ao adentrar em seu espaço aéreo mais remoto, já é possível ver a cor e a luminosidade de sua capital Huygens. Diversas aeronaves circulavam sobre todos os patamares aéreos e podia-se ver três outros ônibus espaciais cortando o céu. Abaixo circulavam outras centenas de veículos sobre construções modernas e arrojadas, acizentadas cintilantes ou emitindo diversas cores. Toda a cidade fora construída como se caísse para um mesmo epicentro, suas ruas e quarteirões, as dobras de seus prédios e suas pontes, tudo aparentava imergir de um único ponto: a torre Cassini, homenagem a conquista humana de séculos atrás. Era quase patriótico, talvez humanitário, apreciar aquela imensa edificação de forma cônica. Em sua fina ponta abria-se como uma flor, talvez mais na forma de uma vitória-régia, uma plataforma circular, tão peculiar quanto a construção em si.
O nosso veículo, talvez grande demais para circular pelas vias de Titã (obviamente que Huygens não é a maior Cidade-Estado da Via-Láctea) manobrou sobre um prédio retangular onde uma equipe de recepção já se preparava para atender e informar os passageiros. O leve ruído do motor de quadrium cessou vagarosamente enquanto os tripulantes organizavam suas coisas e se dirigiam para o corredor de desembarque. Olhei pela janela e vi que algumas pessoas já pediam informações a equipe de recepção. Eu me contentei a retirar um pedaço amassado de papel do bolso (um pedaço de papel do bolso! que antiquado!), dar uma olhadela e enfiá-lo novamente na calça. A informação não era bem precisa, mas eu sabia o que fazer.
Saí da aeronave e lá estava eu, sobre a movimentação contínua da poética Titã. Talvez Shawnk não fosse tão romântico se tivesse vivenciado a agitação que a "lua dançante" de Saturno se transformou.
Dentro do imenso ônibus espacial (só em meu setor podia contar cerca de cem passageiros dispostos em cadeiras e mesas bem espaçadas) o motor não produzia mais do que um leve ruído, semelhante ao de uma máquina ligada há centenas de metros. Já os corredores inferiores, por onde transitavam os avaliadores e os mecânicos, o barulho deveria ser infernal.
Divagando por esses assuntos, cochilei durante alguns instantes até que o pedestal, imergente do centro setor, anunciou nosso pouso dentro de dez minutos. Levantei de meu assento, espreguiçando-me longamente, e fui até a fileira de bancos laterais. Acomodei-me ao lado de um senhor baixo, mas muito acima do peso, com um longo bigode e costeletas gigantes (provavelmente vindo de Marte, onde a moda das costeletas estava em alta).
- É lindo, não é? A lua Titã, caminhando por volta de Saturno, sob as estrelas e o silêncio do vácuo. É como dizia Shawnk: "Se jornada a Titã tão longe não fosse, tão magnífica não seria sua paisagem. Se Saturno tão inquieto não existisse, a dança da Lua-Mor seria apenas uma miragem"
Dei-lhe um sorriso, como quem consente com a citação. Certamente ele vinha de Marte, pois é de lá quem vem os amantes das obras poéticas. Mas nem toda poesia marciana poderia descrever a sensação de se chegar pela primeira vez a Titã. Logo ao adentrar em seu espaço aéreo mais remoto, já é possível ver a cor e a luminosidade de sua capital Huygens. Diversas aeronaves circulavam sobre todos os patamares aéreos e podia-se ver três outros ônibus espaciais cortando o céu. Abaixo circulavam outras centenas de veículos sobre construções modernas e arrojadas, acizentadas cintilantes ou emitindo diversas cores. Toda a cidade fora construída como se caísse para um mesmo epicentro, suas ruas e quarteirões, as dobras de seus prédios e suas pontes, tudo aparentava imergir de um único ponto: a torre Cassini, homenagem a conquista humana de séculos atrás. Era quase patriótico, talvez humanitário, apreciar aquela imensa edificação de forma cônica. Em sua fina ponta abria-se como uma flor, talvez mais na forma de uma vitória-régia, uma plataforma circular, tão peculiar quanto a construção em si.
O nosso veículo, talvez grande demais para circular pelas vias de Titã (obviamente que Huygens não é a maior Cidade-Estado da Via-Láctea) manobrou sobre um prédio retangular onde uma equipe de recepção já se preparava para atender e informar os passageiros. O leve ruído do motor de quadrium cessou vagarosamente enquanto os tripulantes organizavam suas coisas e se dirigiam para o corredor de desembarque. Olhei pela janela e vi que algumas pessoas já pediam informações a equipe de recepção. Eu me contentei a retirar um pedaço amassado de papel do bolso (um pedaço de papel do bolso! que antiquado!), dar uma olhadela e enfiá-lo novamente na calça. A informação não era bem precisa, mas eu sabia o que fazer.
Saí da aeronave e lá estava eu, sobre a movimentação contínua da poética Titã. Talvez Shawnk não fosse tão romântico se tivesse vivenciado a agitação que a "lua dançante" de Saturno se transformou.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Cultura Brasileira: Reconhecendo a honra de verdadeiros heróis
Esta semana me deparei com algo realmente emocionante. E digo no sentido patriótico da palavra. Aquele aperto no peito que lhe faz esquecer as amarguras da política brasileira e lhe dá vontade de cantar pelo seu país. Também não estou falando da Copa do Mundo, momento onde toda a população se reúne para cantar o Hino Nacional ante a televisão e andar pelas ruas com nossa bandeira. Estou falando de heróis, e heróis esquecidos pela nossa história.
Acredito que muitos de nós nunca ouvimos falar, principalmente nos livros de história escolares, sobre a FEB, os 17 de Atebaia ou nunca até mesmo vimos o logo de uma cobra fumando um cachimbo. Talvez isso soe até estranho a primeiro momento, mas é uma história digna de orgulho.
A Força Expedicionária Brasileira teve papel importantíssimo nos combates realizados na Itália ao final da Segunda Guerra Mundial. Dentre sacríficios e atos valorosos, nossos soldados conseguiram grande vitória em Monte Castello e trouxeram orgulho para a força dos Aliados. Mas, ao chegarem ao Brasil, se depararam com a pura realidade de serem esquecidos e mal remunerados.
E dá-lhe importância que tiveram! Ficariam surpresos em saber que o próprio Walt Disney fez um desenho do símbolo da FEB. Sim, o lendário Walt Disney ! A cobra fumando, com dois revólveres em fogo, trajada para a guerra, colocada sobre a inscrição "A cobra está fumando!".
E foi até interessante tocar neste assunto. Dizia-se, sob o temor da guerra, que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Grande Guerra. E lá estavam os pracinhas com o logo da cobra fumando um cachimbo em seus uniformes.
Mas, tão intrigante quanto a história, é a carta do Dr. Otton, enviada ao amigo de guerra, já morto, no cemitério brasileiro da Itália, relembrando seus momentos e companheiros e contando a atual situação em que se encontravam os soldados que retornaram ao Brasil. A carta parte de um desabafo e chega, extraordinariamente, a uma crítica à política brasileira, tão atual quanto o foi na época. E então pula para uma revolta social interessante. Sendo escrita em 1958, o Dr. Otton se irrita pela valorização grandiosa ("heróica") dos JOGADORES DE FUTEBOL, que apenas jogam bola, em quanto os soldados lutavam pelos seus direitos pós-guerra e por condições sustentáveis de vida.
Para tanto, empolguei-me com a história da FEB e de sua luta heróica pelo patriotismo e decidi fazer minha homenagem a eles. Começarei em breve uma série de pequenos capítulos que contarão uma história fictícia, somada aos fatos reais que aconteceram (respeitando sempre a trajetória dos verdadeiros heróis) sobre a empreitada dos pracinhas na Segunda Guerra, intercalando à carta do Dr. Otton. É uma singela homenagem que também servirá para que o leitor possa conhecer um pouco dos verdadeiros heróis brasileiros.
Viva os pracinhas !
Emblema da FEB
Homenagem de Walt Disney à FEB
Comunicado da FEB no período da convocação para a Guerra
Acredito que muitos de nós nunca ouvimos falar, principalmente nos livros de história escolares, sobre a FEB, os 17 de Atebaia ou nunca até mesmo vimos o logo de uma cobra fumando um cachimbo. Talvez isso soe até estranho a primeiro momento, mas é uma história digna de orgulho.
A Força Expedicionária Brasileira teve papel importantíssimo nos combates realizados na Itália ao final da Segunda Guerra Mundial. Dentre sacríficios e atos valorosos, nossos soldados conseguiram grande vitória em Monte Castello e trouxeram orgulho para a força dos Aliados. Mas, ao chegarem ao Brasil, se depararam com a pura realidade de serem esquecidos e mal remunerados.
E dá-lhe importância que tiveram! Ficariam surpresos em saber que o próprio Walt Disney fez um desenho do símbolo da FEB. Sim, o lendário Walt Disney ! A cobra fumando, com dois revólveres em fogo, trajada para a guerra, colocada sobre a inscrição "A cobra está fumando!".
E foi até interessante tocar neste assunto. Dizia-se, sob o temor da guerra, que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Grande Guerra. E lá estavam os pracinhas com o logo da cobra fumando um cachimbo em seus uniformes.
Mas, tão intrigante quanto a história, é a carta do Dr. Otton, enviada ao amigo de guerra, já morto, no cemitério brasileiro da Itália, relembrando seus momentos e companheiros e contando a atual situação em que se encontravam os soldados que retornaram ao Brasil. A carta parte de um desabafo e chega, extraordinariamente, a uma crítica à política brasileira, tão atual quanto o foi na época. E então pula para uma revolta social interessante. Sendo escrita em 1958, o Dr. Otton se irrita pela valorização grandiosa ("heróica") dos JOGADORES DE FUTEBOL, que apenas jogam bola, em quanto os soldados lutavam pelos seus direitos pós-guerra e por condições sustentáveis de vida.
Para tanto, empolguei-me com a história da FEB e de sua luta heróica pelo patriotismo e decidi fazer minha homenagem a eles. Começarei em breve uma série de pequenos capítulos que contarão uma história fictícia, somada aos fatos reais que aconteceram (respeitando sempre a trajetória dos verdadeiros heróis) sobre a empreitada dos pracinhas na Segunda Guerra, intercalando à carta do Dr. Otton. É uma singela homenagem que também servirá para que o leitor possa conhecer um pouco dos verdadeiros heróis brasileiros.
Viva os pracinhas !
Emblema da FEB
Homenagem de Walt Disney à FEB
Comunicado da FEB no período da convocação para a Guerra
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Cultura - s.f. / do Latim Cultura - Extraído do Dicionário On Line
Cultura: do Latim 'cultura'
1-Desenvolvimento intelectual, saber;
"É creu é creu neles é creu nelas
Bora que vamos, bora que vamos."
2-estudo, elegância;
"Pra dançar creu tem que ter disposição
Pra dançar creu tem que ter habilidade
Pois essa dança ela não é mole não
Eu venho te lembrar são cinco velocidades"
3-conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade;
"A primeira é devagarzinho, e só aprendizado hein
É assim o...
Creeeuuu creeeuuu creeeuuu se ligou de novo creeeuuu
creeeuuu creeeuuu"
4-civilização;
"Creeuu creeuu creeuu creeuu creeuu creeuu, continua
fácil né, de novo creeuu creeuu creeuu creuu creeuu
creeuu
Creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu
creuu creuu creuu tá ficando dificil hein.. Creuu creuu
creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu
creuu .."
5-capacidade natural de adquirir um modo de vida intelectual e moral mediante o comportamento humano em resposta a determinada conduta, seja da sociedade ou do meio em que vive.
"Segura dj vou confessar a vocês que eu não consigo a
numero cinco hein dj velocidade cinco na dança do
creeuu..
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu.."
Tirem suas próprias conclusões sobre o que pode ser chamado de "cultura" para o nosso povo.
1-Desenvolvimento intelectual, saber;
"É creu é creu neles é creu nelas
Bora que vamos, bora que vamos."
2-estudo, elegância;
"Pra dançar creu tem que ter disposição
Pra dançar creu tem que ter habilidade
Pois essa dança ela não é mole não
Eu venho te lembrar são cinco velocidades"
3-conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade;
"A primeira é devagarzinho, e só aprendizado hein
É assim o...
Creeeuuu creeeuuu creeeuuu se ligou de novo creeeuuu
creeeuuu creeeuuu"
4-civilização;
"Creeuu creeuu creeuu creeuu creeuu creeuu, continua
fácil né, de novo creeuu creeuu creeuu creuu creeuu
creeuu
Creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu
creuu creuu creuu tá ficando dificil hein.. Creuu creuu
creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu creuu
creuu .."
5-capacidade natural de adquirir um modo de vida intelectual e moral mediante o comportamento humano em resposta a determinada conduta, seja da sociedade ou do meio em que vive.
"Segura dj vou confessar a vocês que eu não consigo a
numero cinco hein dj velocidade cinco na dança do
creeuu..
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu creu
creu.."
Tirem suas próprias conclusões sobre o que pode ser chamado de "cultura" para o nosso povo.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
I'm Back in Black !
Hey, pessoal !!!
Desculpem o tempo que fiquei sem postar. Deixei o blog de lado um pouco, mas vou voltar a ativa agora. Estou caçando algumas relíquias aqui pra postar (e relembrar) os primórdios dos textos que eu escrevia, mas está um pouco difícil. Assim que eu conseguir encontrar (ou alguém mandar pra mim) eu atualizo por aqui.
E esperem por um novo Brutal Fight essa semana. O confronto será entre os Blockbusters do mês de Maio. Portanto, se você não está indo ao cinema ver os mega-filmes que estão saindo, apresse-se, ou então d~e uma lida aqui pra saber como estão indo as expctativas (pelo menos as minhas, hehehe).
No mais, um abraço a todos, e espero que essa demora para atualizar não tenha feito vocês desistirem de dar uma passadinha aqui de vez em quando.
Desculpem o tempo que fiquei sem postar. Deixei o blog de lado um pouco, mas vou voltar a ativa agora. Estou caçando algumas relíquias aqui pra postar (e relembrar) os primórdios dos textos que eu escrevia, mas está um pouco difícil. Assim que eu conseguir encontrar (ou alguém mandar pra mim) eu atualizo por aqui.
E esperem por um novo Brutal Fight essa semana. O confronto será entre os Blockbusters do mês de Maio. Portanto, se você não está indo ao cinema ver os mega-filmes que estão saindo, apresse-se, ou então d~e uma lida aqui pra saber como estão indo as expctativas (pelo menos as minhas, hehehe).
No mais, um abraço a todos, e espero que essa demora para atualizar não tenha feito vocês desistirem de dar uma passadinha aqui de vez em quando.
A Força da Vida
Às vezes é bom pararmos para pensar um pouco sobre a vida. Seja sobre nossas atitudes, sobre o trabalho, sobre nossas expectativas ou até mesmo sobre nossos divertimentos. Pensar sobre a vida como um todo, como uma unidade, o fragmento que compõe a brilhante massa chamada humanidade. Saber que somos uma pequena peça e que cada um de nós possui uma infinidade de escolhas a serem tomadas.
Seria muito bonito se nossa mente nos levasse a pensar somente nisso. Porém, é irrefutável que todas as vezes que pensamos sobre a vida acabamos por refletir sobre a morte. “Para morrer, basta nascermos”. E não é uma mentira. O que é a vida se não o caminho que trilhamos para a morte? Qual o sentido de andarmos dia após dia, participando de atividades rotineiras, nos empenhando por algo que um dia desfalecerá?
Há pouco tempo perdi um ente muito querido em minha família. É alguém que não voltará. Alguém que se tornou imortal em minhas lembranças. Sim, o gosto da macarronada, as histórias dos antepassados, os jogos de dominó. Coisas que não vão morrer, não até eu também partir. E então, o mundo esquecerá tudo isso. Para que, então, nos preocuparmos com a vida?
O motivo de “simplesmente permanecer vivo” não é forte o suficiente para nós humanos. O pode ser para os animais, mas não para nós que insistimos em aprimorar nosso conhecimento, nossa filosofia, encontrar a resposta de nossas origens.
Deveria eu, então, parar de pensar no motivo de viver, para esquecer essa ladainha e voltar ao cotidiano? NÃO! Se há algo que nos deve incentivar a trabalhar, a aprimorar nossas habilidades, isto é o motivo de nossa existência. Afinal, nenhum de nós nasceu somente por nascer. Somos uma peça de um gigantesco quebra-cabeça, que forma o mais belo quadro!
Deixar de lado o motivo da vida é nós igualarmos como os animais... É sujeitarmos nossa existência por si só, e não por um bem maior. É como o mestre Eisner definiria:
Seria muito bonito se nossa mente nos levasse a pensar somente nisso. Porém, é irrefutável que todas as vezes que pensamos sobre a vida acabamos por refletir sobre a morte. “Para morrer, basta nascermos”. E não é uma mentira. O que é a vida se não o caminho que trilhamos para a morte? Qual o sentido de andarmos dia após dia, participando de atividades rotineiras, nos empenhando por algo que um dia desfalecerá?
Há pouco tempo perdi um ente muito querido em minha família. É alguém que não voltará. Alguém que se tornou imortal em minhas lembranças. Sim, o gosto da macarronada, as histórias dos antepassados, os jogos de dominó. Coisas que não vão morrer, não até eu também partir. E então, o mundo esquecerá tudo isso. Para que, então, nos preocuparmos com a vida?
O motivo de “simplesmente permanecer vivo” não é forte o suficiente para nós humanos. O pode ser para os animais, mas não para nós que insistimos em aprimorar nosso conhecimento, nossa filosofia, encontrar a resposta de nossas origens.
Deveria eu, então, parar de pensar no motivo de viver, para esquecer essa ladainha e voltar ao cotidiano? NÃO! Se há algo que nos deve incentivar a trabalhar, a aprimorar nossas habilidades, isto é o motivo de nossa existência. Afinal, nenhum de nós nasceu somente por nascer. Somos uma peça de um gigantesco quebra-cabeça, que forma o mais belo quadro!
Deixar de lado o motivo da vida é nós igualarmos como os animais... É sujeitarmos nossa existência por si só, e não por um bem maior. É como o mestre Eisner definiria:
terça-feira, 25 de março de 2008
Sem sentido
O estopim do sentimentalismo humano! Quando tudo transcende ao inevitável calor da alma. Quando a aurora das emoções chega ao nível de extrema euforia. No momento em que nenhuma outra situação vai poder lhe tirar da nirvana recém alcançada. Nos tempos onde o piscar de olhos é suficiente para lhe levar e trazer de kashmir. Onde encostar-se para pensar torna-se algo tão vital para a sobrevivência quanto comer.
Quando nenhuma palavra que eu digo faz sentido algum.
Nesse momento, perguntar o que você está sentindo pode causar uma simples resposta: sei lá!
Sim, foi inexplicável.
Quando nenhuma palavra que eu digo faz sentido algum.
Nesse momento, perguntar o que você está sentindo pode causar uma simples resposta: sei lá!
Sim, foi inexplicável.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Excursão com a Morte - Parte II
Paulo serrou seus olhos e, quando os abriu de novo, estava em um bosque calmo e tranqüilo. Diversos pássaros pairavam e cantavam no céu. As copas das árvores chacoalhavam calmamente. A Morte, ainda ao seu lado, pegou-lhe pelo braço e o conduziu até uma clareira. Lá pararam e ficaram a observar um homem que usava uma túnica muito bonita, porém de uma época há muito passada, deitado à sombra de uma árvore.
- Quem é – Paulo começou a perguntar, mas foi interrompido com um pedido de silêncio pelo seu companheiro sombrio.
- Observe – a Morte disse.
Por trás dos arbustos surgiu uma figura de outro homem, com uma túnica mais pobre, porém tão robusto quanto o primeiro. Carregava em suas mãos uma pesada pedra e em seus olhos saía a fúria. Silencioso, postou-se atrás do homem, que neste momento percebeu a presença do agressor.
- Irmão? – A dúvida da vítima era evidente. Ele não sabia nem o que dizer. – O que fazes, irmão?
E antes que a resposta viesse, a pedra desceu sem piedade ao encontro da cabeça do pobre homem.
Paulo soltou um grito e fechou os olhos.
- Pare! O que ele está fazendo? PARE!
- É inviável gritar – a Morte respondeu secamente. – Isto já aconteceu há muito tempo, na aurora da humanidade. Quem dera tudo tivesse sido diferente. Mas vamos. Apesar de ter sido o primeiro homicídio da história de vocês, não é aqui que eu quero me conter.
E antes que Paulo pudesse pensar novamente, eles já estavam em cima de uma edificação. O viajante estava atordoado, não podendo acreditar na cena que acabara de ver.
- Levante-se. Você não poderia fazer nada por ele. Observe a vista daqui.
Paulo levantou-se e, desnorteado, olhou para a paisagem. Uma grande cidade estava diante de seus olhos e a arquitetura característica fez com que o historiador logo a reconhecesse.
- Roma!
- Exatamente. Vamos, não temos tempo a temer. A reunião já começou e César já está sendo pressionado.
- O quê?
A Morte novamente segurou-lhe pelo braço e o conduziu apressado por entre uma imensa porta. Apertaram o passo por entre os corredores até chegaram a uma porta normal, que dava para um salão rodeado de bancos. Paulo espiou pela porta e pode ver uma grande confusão. Alguns homens gritavam e pressionavam a um só pobre coitado, que caiu de joelhos ao chão questionando-se. A agitação era tamanha que não foi possível ver a fisionomia do homem. Logo, todos os outros tiraram adagas de suas vestes e as induziam contra aquele que já estava no chão.
Paulo encostou-se na parede, fechou os olhos e tapou os ouvidos, pois sabia que algo bom não iria acontecer. Mas ele só teve certeza quando, após vários gritos do pobre senhor que estava sendo atacado, o silêncio caiu. Os agressores não falavam mais nada. Paulo destapou os ouvidos e, mesmo sem ver, prestou atenção no acontecia na sala atrás da parede.
Entre os gemidos já sem força, um voz rouca ecoou:
- Até tu, ó Brutus?
O tinido de uma faca cortando o ar e um gemido colocaram fim a confusão.
- Basta – disse a Morte que parecia contente com o desespero de Paulo. – Temos mais a ver. Venha.
- Não! Leve-me de volta. Não vou ser obrigado a ver isso.
- Você não foi obrigado meu caro. Está apenas a ver meu serviço, da qual você optou para salvar a própria vida e me responder uma questão. Dê-me sua mão. Estamos apenas começando a nossa viagem.
Paulo não sabia o que fazia. Estendeu a mão, tremendo, e levantou-se. Como um vulto, ele foi levado para outro lugar.
- Quem é – Paulo começou a perguntar, mas foi interrompido com um pedido de silêncio pelo seu companheiro sombrio.
- Observe – a Morte disse.
Por trás dos arbustos surgiu uma figura de outro homem, com uma túnica mais pobre, porém tão robusto quanto o primeiro. Carregava em suas mãos uma pesada pedra e em seus olhos saía a fúria. Silencioso, postou-se atrás do homem, que neste momento percebeu a presença do agressor.
- Irmão? – A dúvida da vítima era evidente. Ele não sabia nem o que dizer. – O que fazes, irmão?
E antes que a resposta viesse, a pedra desceu sem piedade ao encontro da cabeça do pobre homem.
Paulo soltou um grito e fechou os olhos.
- Pare! O que ele está fazendo? PARE!
- É inviável gritar – a Morte respondeu secamente. – Isto já aconteceu há muito tempo, na aurora da humanidade. Quem dera tudo tivesse sido diferente. Mas vamos. Apesar de ter sido o primeiro homicídio da história de vocês, não é aqui que eu quero me conter.
E antes que Paulo pudesse pensar novamente, eles já estavam em cima de uma edificação. O viajante estava atordoado, não podendo acreditar na cena que acabara de ver.
- Levante-se. Você não poderia fazer nada por ele. Observe a vista daqui.
Paulo levantou-se e, desnorteado, olhou para a paisagem. Uma grande cidade estava diante de seus olhos e a arquitetura característica fez com que o historiador logo a reconhecesse.
- Roma!
- Exatamente. Vamos, não temos tempo a temer. A reunião já começou e César já está sendo pressionado.
- O quê?
A Morte novamente segurou-lhe pelo braço e o conduziu apressado por entre uma imensa porta. Apertaram o passo por entre os corredores até chegaram a uma porta normal, que dava para um salão rodeado de bancos. Paulo espiou pela porta e pode ver uma grande confusão. Alguns homens gritavam e pressionavam a um só pobre coitado, que caiu de joelhos ao chão questionando-se. A agitação era tamanha que não foi possível ver a fisionomia do homem. Logo, todos os outros tiraram adagas de suas vestes e as induziam contra aquele que já estava no chão.
Paulo encostou-se na parede, fechou os olhos e tapou os ouvidos, pois sabia que algo bom não iria acontecer. Mas ele só teve certeza quando, após vários gritos do pobre senhor que estava sendo atacado, o silêncio caiu. Os agressores não falavam mais nada. Paulo destapou os ouvidos e, mesmo sem ver, prestou atenção no acontecia na sala atrás da parede.
Entre os gemidos já sem força, um voz rouca ecoou:
- Até tu, ó Brutus?
O tinido de uma faca cortando o ar e um gemido colocaram fim a confusão.
- Basta – disse a Morte que parecia contente com o desespero de Paulo. – Temos mais a ver. Venha.
- Não! Leve-me de volta. Não vou ser obrigado a ver isso.
- Você não foi obrigado meu caro. Está apenas a ver meu serviço, da qual você optou para salvar a própria vida e me responder uma questão. Dê-me sua mão. Estamos apenas começando a nossa viagem.
Paulo não sabia o que fazia. Estendeu a mão, tremendo, e levantou-se. Como um vulto, ele foi levado para outro lugar.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Excursão com a Morte - Parte I
O senhor Paulo Golveia teve uma vida de conhecimentos invejável. Dedicou vários anos ao estudo da humanidade, tornando-se doutor em História e exímio articulador filosófico, analisando parcialmente as atitudes humanas de acordo com a situação de época e o comportamento da mente.
Após vários anos lecionando em faculdades e freqüentando centros de pesquisa, Paulo, aos seus 47 anos, veio a ter uma parada cardíaca. Mesmo sem poder abrir os olhos ou pronunciar qualquer palavra, podia ouvir a ambulância estacionando em frente a sua casa enquanto alguns familiares soluçavam e questionavam se ele iria sobreviver. Não, seu coração ainda não havia parado.
Enquanto seguia a caminho do hospital, com os médicos o examinando a toda momento e freqüentemente apertando seu peito, Paulo sentiu alguém mais ao seu lado.
- Vamos, Paulo. Abra seus olhos. Preciso lhe mostrar algumas coisas.
Paulo abruptamente abriu seus olhos e viu que nenhum médico fizera diferença para a situação, como se ele ainda estivesse para morrer. Olhando para a ponta da maca, Paulo pode vir uma figura macabra, mas que não o assustara. Era um ser vestido com um longo e surrado manto negro, com o capuz sobre a cabeça e uma foice a mão. No lugar de uma face havia somente um sinistro crânio.
- Não se assuste Paulo. Vim oferecer-lhe uma proposta.
Paulo sentou-se na cama e realmente não estava com medo da figura sombria.
- Quem é você?
- Ao longo dos séculos tive muitos nomes. Mas a cada minuto, alguém me chama pela minha mais famosa nomeação: Morte.
- Então... Eu vou mesmo morrer?
- Ainda não, se aceitar o que tenho a lhe oferecer.
- Pode dizer.
- Em toda sua vida, você dedicou-se ao estudo do mais peculiar ser vivo. É um expert no conhecimento da humanidade. Mesmo eu estando aqui há tantos milênios, nunca vivi realmente com os homens e, portanto, pelo seu saber, talvez possa responder a pergunta que eu mais escuto em meu serviço.
- Diga-me. Farei de tudo para respondê-la se possível. Visitarei minha biblioteca e meus amigos, e lhe direi...
- Não será necessário, caro Paulo. Você conhece a história da humanidade através de letras. Antes de me responder, quero que a conheça pelo meu ponto de vista. Venha, senhor Paulo, vamos dar um passeio...
Após vários anos lecionando em faculdades e freqüentando centros de pesquisa, Paulo, aos seus 47 anos, veio a ter uma parada cardíaca. Mesmo sem poder abrir os olhos ou pronunciar qualquer palavra, podia ouvir a ambulância estacionando em frente a sua casa enquanto alguns familiares soluçavam e questionavam se ele iria sobreviver. Não, seu coração ainda não havia parado.
Enquanto seguia a caminho do hospital, com os médicos o examinando a toda momento e freqüentemente apertando seu peito, Paulo sentiu alguém mais ao seu lado.
- Vamos, Paulo. Abra seus olhos. Preciso lhe mostrar algumas coisas.
Paulo abruptamente abriu seus olhos e viu que nenhum médico fizera diferença para a situação, como se ele ainda estivesse para morrer. Olhando para a ponta da maca, Paulo pode vir uma figura macabra, mas que não o assustara. Era um ser vestido com um longo e surrado manto negro, com o capuz sobre a cabeça e uma foice a mão. No lugar de uma face havia somente um sinistro crânio.
- Não se assuste Paulo. Vim oferecer-lhe uma proposta.
Paulo sentou-se na cama e realmente não estava com medo da figura sombria.
- Quem é você?
- Ao longo dos séculos tive muitos nomes. Mas a cada minuto, alguém me chama pela minha mais famosa nomeação: Morte.
- Então... Eu vou mesmo morrer?
- Ainda não, se aceitar o que tenho a lhe oferecer.
- Pode dizer.
- Em toda sua vida, você dedicou-se ao estudo do mais peculiar ser vivo. É um expert no conhecimento da humanidade. Mesmo eu estando aqui há tantos milênios, nunca vivi realmente com os homens e, portanto, pelo seu saber, talvez possa responder a pergunta que eu mais escuto em meu serviço.
- Diga-me. Farei de tudo para respondê-la se possível. Visitarei minha biblioteca e meus amigos, e lhe direi...
- Não será necessário, caro Paulo. Você conhece a história da humanidade através de letras. Antes de me responder, quero que a conheça pelo meu ponto de vista. Venha, senhor Paulo, vamos dar um passeio...
sexta-feira, 7 de março de 2008
Correção do texto "Ao Fim de Uma Cultura" (25/02/08)
Vim informar uma significativa mudança no texto "Ao Fim de Uma Cultura", de 25 de Fevereiro de 2008. Meu ideal era mostrar o valor dos primórdios culturais brasileiros, da qual teve muita importância em tempos mais antigos, mas infelizmente vem se perdendo, dando espaço para o “copismo” - americanizado. Porém, no final do texto, ao retratar que "nós brasileiros" (generalizando a parcela da sociedade que vem crescendo cada dia mais, desejos pela cultura exterior, vêm optando por ignorar o nacionalismo, deu-se a entender que EU, pessoalmente, era quem dizia para encerrarmos a "cultura de subsistência", deixar os valores culturais brasileiros, e atuar com o comércio de exportação/importação, influenciando-nos cada vez mais com o que não é nosso. Me desculpem pela falta de explicação, porém o final do texto já foi reescrito e acredito que agora se encontra mais compreensível.
Abro um apêndice aqui para afirmar que a produção cultural atual brasileira está perdendo muito de seu valor. Estamos cada dia mais com "porcarias" preenchendo o nosso cotidiano. Porém, nem por isso devemos de confiar no que temos, afinal essa degradação provavelmente vem da falta de olharmos para a produção cultural mais antiga do Brasil. Talvez, se parássemos de olhar os de fora na hora de produzir algo aqui dentro, estaríamos com um repertório mais rico.
Também não sou um anti-americano alienado, e sei muito bem quão boas são as influências do outro lado da América ou do Reino Unido. Porém, acredito sim que temos potencial suficiente para termos um nível de produção muito melhor e bem mais reconhecido do que o atual.
No mais, agradeço a crítica do Felipe, que me fez reler o texto sobre um outro ponto de vista e ver que talvez eu fosse compreendido mal. Por isso, a opinião do outrem é muito importante para o aperfeiçoamento da escrita.
Abraço a todos !
Abro um apêndice aqui para afirmar que a produção cultural atual brasileira está perdendo muito de seu valor. Estamos cada dia mais com "porcarias" preenchendo o nosso cotidiano. Porém, nem por isso devemos de confiar no que temos, afinal essa degradação provavelmente vem da falta de olharmos para a produção cultural mais antiga do Brasil. Talvez, se parássemos de olhar os de fora na hora de produzir algo aqui dentro, estaríamos com um repertório mais rico.
Também não sou um anti-americano alienado, e sei muito bem quão boas são as influências do outro lado da América ou do Reino Unido. Porém, acredito sim que temos potencial suficiente para termos um nível de produção muito melhor e bem mais reconhecido do que o atual.
No mais, agradeço a crítica do Felipe, que me fez reler o texto sobre um outro ponto de vista e ver que talvez eu fosse compreendido mal. Por isso, a opinião do outrem é muito importante para o aperfeiçoamento da escrita.
Abraço a todos !
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Filósofos de Escola
Quando o homem ficou ocioso, arrumou escravos e parou de trabalhar, quando não se importava tanto com a criação dos filhos e se tornou ocioso, foi que nasceu a filosofia. Sim, quando os gregos pararam de se esforçar e tiveram tempo para ficar olhando a vida dos outros e se irritaram com a crença alheia, neste momento eles decidiram-se tornar “realistas” e começaram a buscar explicação para tudo. Não que muito do nosso mais importante conhecimento não tenha vindo deles, ou que sua ajuda não foi totalmente fundamental. Mas convenhamos que para a época eles se tornaram pessoas com uma auto-imagem maior do que a convencional.
Comparo-os com uma determinada personalidade que conheci recentemente, da qual conhecê-lo pessoalmente fez com que a visão que eu tinha dele, por sua já dita fama, caísse consideravelmente. Se auto-intitulando um experiente filósofo, procura rebaixar qualquer outra forma de pensamento que não siga a sua corrente ideológica e se ajoelha perante renomes da fama dos “atuais pensadores”. Se existe algo que é irritante, isso seria alguém negar o conhecimento alheio e impor-se como única fonte do verdadeiro conhecimento.
Afinal, por tanto mais conhecimento que você tenha, nunca que a sua pessoa passou pelas mesmas experiências que da outrem. Para tanto, a filosofia grega realmente trouxe o pensamento racional e estimulou o homem a abrir seus horizontes, antes fechados pela mitologia. Porém, desvalorizar a crença da população que ainda ocupava seu tempo com trabalho e não dispunha de ociosidade, é realmente tornar-se alguém arrogante, por mais culto que a pessoa tenha sido. A valorização da diversificação é realmente linda. É como dar diversas cores a um quadro, em vez de deixá-lo somente pintado com tinta preta.
Obviamente, os filósofos gregos interligaram diversas culturas, para que uma transmitisse a outra seu cotidiano e seus ideais. Em contraposição, os auto-proclamadores “filósofos” (que não espalham sua ideologia egoísta além da fronteira de uma cidade do interior), impõem suas criações, que nada mais são do que repetições daquilo que alguém com muito mais conceito que ele disse, para os demais “inferiorizados”. Isso não fará com que as gerações que o escutam abram suas mentes. Obedecendo tal pessoa, o máximo que ela conseguirá ser será alguém “alienado a anti-alienação”. Alguém que somente repete os ideais de liberdade mental de forma enjoativa e copiatória, não estimulando o seu próprio tema.
Tomando como base a definição “alienação” como “uma pessoa que age sem realmente entender as coisas, estimulada por algum meio”, apresento os dois exemplos a seguir:
- A sociedade atual se prende muito a televisão. Tornaram-se máquinas que seguem o que a mídia diz. Consumismo desenfreado, moda, status. A pessoa se tornou alienada, fugindo da realidade e se baseando em um estilo de vida que só traz felicidade e liberdade na novela das oito.
- Alguém certa vez, muito bem estudado, entendeu que a sociedade caminhava cega, seguindo o que a mídia dizia. Ele se libertou e proclamou que devemos abandonar esse estilo de vida estereotipado pelos canais televisivos. Algum de seus pupilos escutou isso e passou a abolir a televisão e os meios de comunicação. Prega a todos que aquilo que é exibido é ridículo e deve ser abolido. Sem saber o que se passa, diz que tudo isso que a mídia prega só traz alienação a mente humana. Porém, ele mesmo se tornou um alienado, pois somente repete o que o mestre diz e não procura por si só saber o que a mídia tem de bom ou ruim, ou como fazer para ter uma vida própria.
Qual dos dois tornou-se mais alienado?
Porém, não devemos incitar palavras contraditórias a tais pessoas, pois seria exatamente como atirar pérolas aos porcos, perdendo nosso tempo com palavras valiosas. Tais pessoas são tão mais difíceis de tirar da alienação, por acreditarem que já estão indo contra ela, do que alguém que sempre segue a moda que está sendo exibida na nova minissérie.
Mas, ainda assim, acredito que tais pessoas abandonaram os ideais da filosofia, mesmo que continuem a seguir o estilo de vida dos criadores dela. Pessoas ociosas, que tendem a ruminar repetitivamente aquilo que já foi dito. Diga-me quantos conceitos novos esses “filósofos de escola” já descobriram?
Comparo-os com uma determinada personalidade que conheci recentemente, da qual conhecê-lo pessoalmente fez com que a visão que eu tinha dele, por sua já dita fama, caísse consideravelmente. Se auto-intitulando um experiente filósofo, procura rebaixar qualquer outra forma de pensamento que não siga a sua corrente ideológica e se ajoelha perante renomes da fama dos “atuais pensadores”. Se existe algo que é irritante, isso seria alguém negar o conhecimento alheio e impor-se como única fonte do verdadeiro conhecimento.
Afinal, por tanto mais conhecimento que você tenha, nunca que a sua pessoa passou pelas mesmas experiências que da outrem. Para tanto, a filosofia grega realmente trouxe o pensamento racional e estimulou o homem a abrir seus horizontes, antes fechados pela mitologia. Porém, desvalorizar a crença da população que ainda ocupava seu tempo com trabalho e não dispunha de ociosidade, é realmente tornar-se alguém arrogante, por mais culto que a pessoa tenha sido. A valorização da diversificação é realmente linda. É como dar diversas cores a um quadro, em vez de deixá-lo somente pintado com tinta preta.
Obviamente, os filósofos gregos interligaram diversas culturas, para que uma transmitisse a outra seu cotidiano e seus ideais. Em contraposição, os auto-proclamadores “filósofos” (que não espalham sua ideologia egoísta além da fronteira de uma cidade do interior), impõem suas criações, que nada mais são do que repetições daquilo que alguém com muito mais conceito que ele disse, para os demais “inferiorizados”. Isso não fará com que as gerações que o escutam abram suas mentes. Obedecendo tal pessoa, o máximo que ela conseguirá ser será alguém “alienado a anti-alienação”. Alguém que somente repete os ideais de liberdade mental de forma enjoativa e copiatória, não estimulando o seu próprio tema.
Tomando como base a definição “alienação” como “uma pessoa que age sem realmente entender as coisas, estimulada por algum meio”, apresento os dois exemplos a seguir:
- A sociedade atual se prende muito a televisão. Tornaram-se máquinas que seguem o que a mídia diz. Consumismo desenfreado, moda, status. A pessoa se tornou alienada, fugindo da realidade e se baseando em um estilo de vida que só traz felicidade e liberdade na novela das oito.
- Alguém certa vez, muito bem estudado, entendeu que a sociedade caminhava cega, seguindo o que a mídia dizia. Ele se libertou e proclamou que devemos abandonar esse estilo de vida estereotipado pelos canais televisivos. Algum de seus pupilos escutou isso e passou a abolir a televisão e os meios de comunicação. Prega a todos que aquilo que é exibido é ridículo e deve ser abolido. Sem saber o que se passa, diz que tudo isso que a mídia prega só traz alienação a mente humana. Porém, ele mesmo se tornou um alienado, pois somente repete o que o mestre diz e não procura por si só saber o que a mídia tem de bom ou ruim, ou como fazer para ter uma vida própria.
Qual dos dois tornou-se mais alienado?
Porém, não devemos incitar palavras contraditórias a tais pessoas, pois seria exatamente como atirar pérolas aos porcos, perdendo nosso tempo com palavras valiosas. Tais pessoas são tão mais difíceis de tirar da alienação, por acreditarem que já estão indo contra ela, do que alguém que sempre segue a moda que está sendo exibida na nova minissérie.
Mas, ainda assim, acredito que tais pessoas abandonaram os ideais da filosofia, mesmo que continuem a seguir o estilo de vida dos criadores dela. Pessoas ociosas, que tendem a ruminar repetitivamente aquilo que já foi dito. Diga-me quantos conceitos novos esses “filósofos de escola” já descobriram?
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Ao Fim de uma Cultura
Houve uma época em que o Brasil vivia sobre uma “cultura de subsistência”. Não cito aqui a economia e a agricultura, mas sim a forma de vida do povo. E cai muito bem este termo ao Brasil. A cultura de subsistência nada mais era do que a produção cultural e intelectual do próprio povo e que visava sustentar somente a si mesmo. Não se sabe quando adotamos esta forma de vida, já que ela habita a terra desta pátria amada desde o primeiro índio que aqui se chegou e teve de se adaptar ao nosso clima e vegetação.
Fortificando estas raízes, os índios caracterizaram o Brasil de uma forma que até hoje podemos sentir traços de seu estilo de vida, embora hoje muito apagada. Mas anos mais tarde (talvez centenas de translações da Terra), os lusos aqui aportaram, descobrindo uma nova morada. Abrigaram-se e trouxeram familiares, trabalhadores e escravos. Invadiram e se misturaram. Implantaram parte de sua cultura, porém não puderam evitar metamorfoseá-la à realidade brasileira, criando assim uma cultura miscigenada e própria do nosso povo.
E por anos afinco resistimos assim. Embrenhamo-nos dentro de nossa própria sabedoria e cultura, explorando as diversas áreas do nosso conhecimento artístico. Inventamos ritmos característicos, roupas próprias, uma forma de pintura peculiar e uma literatura invejável. Fomos durante muito tempo um povo que esquadrinhou seu próprio corpo em busca de novas criações. Sustentamos a imaginação e o interesse da população por nós mesmos, apesar de influenciados diversas vezes, mas sempre caracterizados pela nossa nação alegre e inquieta. Vivemos durante muito tempo pela “Cultura de Subsistência”.
Porém, essa era está chegando ao fim. O Brasil pós-guerra, infectado pelo início da globalização, trouxe muito da cultura estrangeira e deixamos de pegar pequenas influências para valorizarmos as cópias descaradas. Obviamente que a nação sob ditadura despertou a valorização brasileira em um limite quase nunca alcançado, mas esse momento eufórico nacionalista chegou ao fim com a democracia de comércio e relações internacionais. Decidimos voltar nossos olhos para a cultura de fora e acolhe-la ao máximo.
Encerramos a cultura de subsistência e, infelizmente, adotamos de forma cega o comércio de exportação/importação.
Fortificando estas raízes, os índios caracterizaram o Brasil de uma forma que até hoje podemos sentir traços de seu estilo de vida, embora hoje muito apagada. Mas anos mais tarde (talvez centenas de translações da Terra), os lusos aqui aportaram, descobrindo uma nova morada. Abrigaram-se e trouxeram familiares, trabalhadores e escravos. Invadiram e se misturaram. Implantaram parte de sua cultura, porém não puderam evitar metamorfoseá-la à realidade brasileira, criando assim uma cultura miscigenada e própria do nosso povo.
E por anos afinco resistimos assim. Embrenhamo-nos dentro de nossa própria sabedoria e cultura, explorando as diversas áreas do nosso conhecimento artístico. Inventamos ritmos característicos, roupas próprias, uma forma de pintura peculiar e uma literatura invejável. Fomos durante muito tempo um povo que esquadrinhou seu próprio corpo em busca de novas criações. Sustentamos a imaginação e o interesse da população por nós mesmos, apesar de influenciados diversas vezes, mas sempre caracterizados pela nossa nação alegre e inquieta. Vivemos durante muito tempo pela “Cultura de Subsistência”.
Porém, essa era está chegando ao fim. O Brasil pós-guerra, infectado pelo início da globalização, trouxe muito da cultura estrangeira e deixamos de pegar pequenas influências para valorizarmos as cópias descaradas. Obviamente que a nação sob ditadura despertou a valorização brasileira em um limite quase nunca alcançado, mas esse momento eufórico nacionalista chegou ao fim com a democracia de comércio e relações internacionais. Decidimos voltar nossos olhos para a cultura de fora e acolhe-la ao máximo.
Encerramos a cultura de subsistência e, infelizmente, adotamos de forma cega o comércio de exportação/importação.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Será que tem tanta força assim mesmo ?
Eu não acredito que tudo que eu escrevo realmente vá ser usado por alguém que o leia. Ninguém escreve com esse objetivo. Obviamente, pelo fato de que existem milhões de informações surgindo a cada dia e sentimos a necessidade de esvaí-las, de forma que façamos com que nós mesmos acreditemos que estamos contribuindo com o mundo. E de certa forma estamos.
Como bem disse, não acredito que tudo que escrevo vá ser usado, porém sei que pelo menos uma informação lhe foi útil em certo ponto de vista. Certo ponto de vista pelo fato de que não significa que você há de usar essa informação no seu cotidiano, mas sim pelo fato de que você leu sobre algo que ainda não havia lido, ou descobriu um fator em comum de um pensamento meu para com o seu.
Bem como essa postagem pode ser facilmente descartada, não é necessário que você vire um freqüentador assíduo do blog para adquirir muita cultura, mas sim que o leia de vez em quando para debater um assunto ou alegrar o escritor do mesmo. Porém, não sei se acredito ser merecedor de um “prêmio”, como se diz às correntes blogueiras que nada mais são do que indicações que passam de um a outro, ajudando o desempenho do blog em questão (para maiores informações, indico a postagem que fiz sobre correntes, intitulado “Alguém poderia me dizer o que significa MEME???” – de 16 de Janeiro no marcador Cultura Pop).
Mas, ainda assim, a pequena Jéssica Alves insiste em me indicar para alguns selos que o blog dela ganha. Fico pensando se realmente vale à pena ler meus textos. Bem, para não deixar de mostrar a indicação, aí vai o selo “My Blog Has Total Force”:
Mas, se alguém deveria receber verdadeiramente essas indicações, é óbvio que são os meus amigos aí dos links do lado. Aproveitem para visitar os blogs Erixportfolio, Fundo de Caderno, Eiko Sketchblog e CERG. Tenham certeza que apreciarão excelentes desenhos.
Abraço a todos e agradecimento aqueles que visitam por aqui!
Mais uma vez, agradeço a Jéssica !
Como bem disse, não acredito que tudo que escrevo vá ser usado, porém sei que pelo menos uma informação lhe foi útil em certo ponto de vista. Certo ponto de vista pelo fato de que não significa que você há de usar essa informação no seu cotidiano, mas sim pelo fato de que você leu sobre algo que ainda não havia lido, ou descobriu um fator em comum de um pensamento meu para com o seu.
Bem como essa postagem pode ser facilmente descartada, não é necessário que você vire um freqüentador assíduo do blog para adquirir muita cultura, mas sim que o leia de vez em quando para debater um assunto ou alegrar o escritor do mesmo. Porém, não sei se acredito ser merecedor de um “prêmio”, como se diz às correntes blogueiras que nada mais são do que indicações que passam de um a outro, ajudando o desempenho do blog em questão (para maiores informações, indico a postagem que fiz sobre correntes, intitulado “Alguém poderia me dizer o que significa MEME???” – de 16 de Janeiro no marcador Cultura Pop).
Mas, ainda assim, a pequena Jéssica Alves insiste em me indicar para alguns selos que o blog dela ganha. Fico pensando se realmente vale à pena ler meus textos. Bem, para não deixar de mostrar a indicação, aí vai o selo “My Blog Has Total Force”:
Mas, se alguém deveria receber verdadeiramente essas indicações, é óbvio que são os meus amigos aí dos links do lado. Aproveitem para visitar os blogs Erixportfolio, Fundo de Caderno, Eiko Sketchblog e CERG. Tenham certeza que apreciarão excelentes desenhos.
Abraço a todos e agradecimento aqueles que visitam por aqui!
Mais uma vez, agradeço a Jéssica !
sábado, 16 de fevereiro de 2008
A Moda e sua breve história
Apêndice: Este texto, apesar de ter embasamento em fatos históricos e reais, possui muito da opinião do autor. Devo esclarecer que isto se deve ao fato de acontecimentos recentes que me colocaram frente à situação caótica da nossa sociedade e me inspiraram a revolta e a dor, provinda sobre tudo aquilo pela qual nossos antepassados lutaram e que hoje devo protestar. Passado o momento de desabafo, iniciaremos o texto seriamente.
Moda (do dicionário on-line Priberam): “forma passageira e facilmente mutável de se comportar e sobretudo de se vestir ou pentear;”
Diariamente abrimos nosso guarda roupa e escolhemos o que vestir durante determinado dia. Seja uma camisa pólo para ir trabalhar ou um tênis surrado para tocar com a banda, sempre seguimos um padrão, geralmente escolhido por nós mesmos, do que se adequaria melhor para determinada ocasião. Desde os tempos bíblicos foi assim. Determinada veste para determinada ocasião. Eu por exemplo, costumo usar o boné do AC/DC com um cabelo despenteado quando toco bateria, mas pentear o cabelo “engomadinho” para trabalhar no escritório. Sim, um estilo próprio, determinada postura adotada por MIM MESMO (frisemos esta expressão) para que possa viver confortavelmente bem comigo mesmo e ainda assim não escandalize ou ridicularize ao meu próximo que conviverá comigo no ambiente de trabalho ou no passeio ao shopping.
Provavelmente algum de vocês tenha se identificado com a descrição acima, mas sinto informá-lo que não somos maioria. Com exceção da década de 70 e 80, em que a moda (apesar de existir algumas “fixas”, costumeiras a todos) era a criação do seu próprio estilo e da combinação pessoal, às vezes ridícula (talvez seja por isso a semelhança do psicodelismo e do caleidoscópio nos anos 80); a sociedade foi construída a partir de padrões de moda e estilo. Felizmente isso nunca foi um problema muito grande na história humana, mas tem se tornado fator inquietante na atualidade. Façamos uma recapitulação da história para entendermos melhor o assunto.
Por volta do século XIV os pólos do mundo começaram a abandonar o padrão cultural e religioso, que empunha sempre o mesmo estilo para todos aqueles que faziam parte de determinada tribo, feudo ou religião. Surge assim o padrão social, que depende mais das empresas que fabricavam roupas do que dos líderes da época. A elite adquire seu estilo que tende a ser copiado pelas classes mais baixas, visando ter um status melhor (entende-se por “vontade de ser pop que nem o pessoal rico”). Era o início da moda.
A partir de então a moda foi se alterando conforme a situação econômica do país ou do desenvolvimento de tecidos. Porém, tudo sempre foi generalizado. Desde a tenra criança até o senhor de idade vestiam seus ternos ou as madames, suas filhas e vós aqueles longos vestidos. A classificação social e a busca pela moda de tendência pela faixa etária dominante começaram a partir dos anos de 1900, principalmente após a Primeira Grande Guerra. O avanço da mídia, da televisão e do rádio trouxe aos cidadãos as estrelas do momento, em que todos gostariam de copiar para ir a determinada festa. O padrão galante e exacerbado, com chapéus de longas penas e cachecóis plumados, tomou conta da elite. É então que se inicia a moda ditada pelos meios de comunicação. Mas ainda estamos falando de um padrão único para todos. Nada de grupos distintos, até chegarmos nos anos 60.
Ah, sim. Os anos 60. O mundo pós-guerra dos anos 50 mudou completamente tudo que dizia respeito ao estilo de vida, principalmente dos americanos, que passaram a ditar a cultura mundial. Do estrondo de Elvis, aos solos de Chuck Berry; do estilo alegre de Ray Charles ao sensualismo de Marylin Monroe. Sim, os anos 60 acabaram com esses famosos que fizeram história nos anos 50, mas sua época já estava chegando ao fim. Eles se tornariam ícones anos mais tarde. Porém, a nova década trouxe a rebeldia inspirada por James Dean e o mundo passou a olhar mais para o futuro. O que foi encontrado com essa visão da vanguarda? O seguinte pensamento: “o futuro aos jovens pertence”. E foi assim que os influenciadores se voltaram para uma moda mais unissex. Calças jeans, jaquetas de couro, gel para cabelo. Os rebeldes (sim, aqueles eram rebeldes – por favor, não faça analogia alguma com aquela novela latina) passaram a fumar cigarro e a andar em grupinhos com aqueles que tinham o mesmo estilo. A divisão por parte de gostos começava na juventude americana. Enquanto os “boys” se aglomeravam no carro conversível do mais riquinho da turma só para chamar a atenção das garotas que começavam a usar mini-saias, os hippies procuravam apreciar a natureza e a emoção, além de pregarem um futuro de paz e harmonia, protestando contra o sistema capitalista e guerreiro da época.
Já nos anos 70 houve a grande miscigenação dos estilos. Os hippies deixaram de ser isolados e entraram na cultura de forma estrondosa, principalmente pela simpatia dos seus ideais pacíficos. Agregue isso a cultura dos negros, a proliferação do mundo gospel e do romantismo. Pronto! Temos calças boca-de-sino, cabelos Black Power, camisas floridas, penteados dos mais diferenciados. Era como um self-service: a loja te apresentava mil modelos e você os combinava do jeito que bem queria. Paralelamente, alguns boys rebeldes ainda fumavam em seus conversíveis nas estradas de Las Vegas, enquanto no submundo da música os punks ganhavam força e dominavam as noites, azucrinando e perturbando qualquer um que cruzasse seus caminhos.
Então chegou a promissora década de 80. As microfibras e roupas de academia invadiram os manequins que imitavam Fred Mercury. A moda brega e extrapolada contagiava os clipes das bandas da época. Ser colorido ao extremo e possuir o cabelo extravagante era a moda do momento. Porém, mais oculta por essa nova tendência, os punks e góticos continuavam seu trabalho medonho, sendo repugnados pela sociedade e pela mídia. Acredita-se que seja nesta época, através de alguma mistura ocorrida nos grupos de hardcore, que tenha surgido o famoso emocore (para os mais chegados, os Emos), porém ainda apresentavam-se somente em uma ou outra música da banda, não tendo predominância no estilo que o grupo seguia. Os riquinhos rebeldes da universidade ainda existem, mas já são tachados como os vilões mimados da mídia.
Então, nos aproximamos com os anos 90. Devido a grande quantidade de criações das décadas anteriores, os “noventistas” passaram a criar derivações dos estilos, puxando o rock para o seu lado mais descontrolado ou o hippie para um estilo de vida mais moderno. Surgiram assim os grunges, os metaleiros, os extremo-góticos, os clubbers. Apesar de eles sempre existirem, foi nesta década que eles começaram a se isolar dos demais da sua origem e passaram a se dividirem mais dentro de seus próprios estilos. No mundo pop, Kate Moss era o padrão das mulheres, enquanto as mais “descabeçadas” se aglomeravam no “clubberismo”. E talvez seja neste ponto que eu começo a ser mais pessoal do que histórico.
Como disse nosso dicionário amigo lá em cima, a moda tende-se para o passageiro e mutante, enquanto o estilo propaga-se independente da época. Por exemplo, apesar de os anos 70 florescerem descontroladamente com os hippies, eles existem até hoje e ainda têm seus ideais de paz. Assim também os grupos punks, embora com menos força que outrora, costumam causar algum estrago. Porém, a moda (hoje em dia tratada pelo diminutivo “modinha” – da qual eu concordo a nominal, pelo fato de ser algo minúsculo e ridículo) é passageira e afeta a juventude (que não dominará o mundo amanhã, pois já o dita hoje) fraca e carente, que necessita de um líder que os diga o que fazer. Quem sonhava em se vestir como a moda putrefata há sete anos atrás hoje se contenta em molhar a franja. Ou seja, a maior parte da juventude atual não segue um padrão adotado pela condição social de seu estado ou pela influencia musical que lhe é preferida. De forma alguma! Se vestem com aquilo que o outro está vestindo, da qual por sua vez estava olhando para o que um aproveitador disse ser a “parada do momento”.
Sim, dos anos 90 para cá a sociedade jovem se desmantelou e perdeu qualquer laço de amizade antes considerada pelo que a pessoa é. Os grupos passaram a se acumular devido ao modo de vestir que, em vez de corresponder ao que a pessoa deseja corresponde ao que o grupo quer. Percebe o círculo vicioso que isto causa? Abandonar a sua raiz, esquecer o universo de estilos que já existiram para encontrar a combinação que mais lhe agrada (como se fazia nos anos 80), perdeu o valor. Basta você ver o que o grupo está vestindo. E logo isto vai morrer. Sim, lógico que vai. Os clubbers morreram!
E o que temos agora? Emocore! Mundo sentimentalista que em vez de buscar o estado de espírito momentâneo do ser, tendência sua vida para um eterno desconformismo e uma depressão equilibrada constante. Para a nova moda, não se escuta AC/DC quando se está alegre e elétrico e não se busca Led Zeppelin no momento em que está pensativo. Cito esses exemplos seguindo o meu padrão, mas cada um deve possuir o seu. Porém, espero que alguém me diga: QUAL A FUNCIONALIDADE DE SE ESTAR SEMPRE TENTANDO SER DEPRESSIVO?
Infelizmente, não há resposta. Acredito que na verdade é somente a busca atual da juventude por encontrar uma personalidade que ele não pode criar. É encontrar um caráter que ele não pode formar desde criança. É achar no outro o “você”. Em suma, é deixar de ser você mesmo, porque não pode encontrar-se.
Mas, não se preocupem caros leitores. Segundo as estimativas, daqui cinco anos esta raça entrará em extinção. Teremos alguns momentos de paz até que outra moda nasça das cinzas desta (torço para que a próxima geração encontre um meio de vida mais alegre) e veremos os shoppings e praças sem munhequeiras pretas, franjas esticadas e sombras exageradas. Sim, do clubber colorido cheio de cores passamos ao emo descolorido. Abro um parêntese aqui, pois não posso deixar de comentar que já se chegou a seguinte conclusão: um certo clubber não tinha mais dinheiro para comprar purpurina. Triste pelo fato, ele começou a chorar. Surgia assim o primeiro emo. E assim, a partir de um emo que não encontrará mais desgosto na vida, virá a próxima moda.
A você leitor, peço o seguinte: que tenha compreensão, em momento algum quis ofender seu estilo musical. Mas dou meu conselho: seja você mesmo e busque variações que lhe agradem. É deveras enjoativo olhar uma roda em que todo mundo é ridiculamente igual.
Moda (do dicionário on-line Priberam): “forma passageira e facilmente mutável de se comportar e sobretudo de se vestir ou pentear;”
Diariamente abrimos nosso guarda roupa e escolhemos o que vestir durante determinado dia. Seja uma camisa pólo para ir trabalhar ou um tênis surrado para tocar com a banda, sempre seguimos um padrão, geralmente escolhido por nós mesmos, do que se adequaria melhor para determinada ocasião. Desde os tempos bíblicos foi assim. Determinada veste para determinada ocasião. Eu por exemplo, costumo usar o boné do AC/DC com um cabelo despenteado quando toco bateria, mas pentear o cabelo “engomadinho” para trabalhar no escritório. Sim, um estilo próprio, determinada postura adotada por MIM MESMO (frisemos esta expressão) para que possa viver confortavelmente bem comigo mesmo e ainda assim não escandalize ou ridicularize ao meu próximo que conviverá comigo no ambiente de trabalho ou no passeio ao shopping.
Provavelmente algum de vocês tenha se identificado com a descrição acima, mas sinto informá-lo que não somos maioria. Com exceção da década de 70 e 80, em que a moda (apesar de existir algumas “fixas”, costumeiras a todos) era a criação do seu próprio estilo e da combinação pessoal, às vezes ridícula (talvez seja por isso a semelhança do psicodelismo e do caleidoscópio nos anos 80); a sociedade foi construída a partir de padrões de moda e estilo. Felizmente isso nunca foi um problema muito grande na história humana, mas tem se tornado fator inquietante na atualidade. Façamos uma recapitulação da história para entendermos melhor o assunto.
Por volta do século XIV os pólos do mundo começaram a abandonar o padrão cultural e religioso, que empunha sempre o mesmo estilo para todos aqueles que faziam parte de determinada tribo, feudo ou religião. Surge assim o padrão social, que depende mais das empresas que fabricavam roupas do que dos líderes da época. A elite adquire seu estilo que tende a ser copiado pelas classes mais baixas, visando ter um status melhor (entende-se por “vontade de ser pop que nem o pessoal rico”). Era o início da moda.
A partir de então a moda foi se alterando conforme a situação econômica do país ou do desenvolvimento de tecidos. Porém, tudo sempre foi generalizado. Desde a tenra criança até o senhor de idade vestiam seus ternos ou as madames, suas filhas e vós aqueles longos vestidos. A classificação social e a busca pela moda de tendência pela faixa etária dominante começaram a partir dos anos de 1900, principalmente após a Primeira Grande Guerra. O avanço da mídia, da televisão e do rádio trouxe aos cidadãos as estrelas do momento, em que todos gostariam de copiar para ir a determinada festa. O padrão galante e exacerbado, com chapéus de longas penas e cachecóis plumados, tomou conta da elite. É então que se inicia a moda ditada pelos meios de comunicação. Mas ainda estamos falando de um padrão único para todos. Nada de grupos distintos, até chegarmos nos anos 60.
Ah, sim. Os anos 60. O mundo pós-guerra dos anos 50 mudou completamente tudo que dizia respeito ao estilo de vida, principalmente dos americanos, que passaram a ditar a cultura mundial. Do estrondo de Elvis, aos solos de Chuck Berry; do estilo alegre de Ray Charles ao sensualismo de Marylin Monroe. Sim, os anos 60 acabaram com esses famosos que fizeram história nos anos 50, mas sua época já estava chegando ao fim. Eles se tornariam ícones anos mais tarde. Porém, a nova década trouxe a rebeldia inspirada por James Dean e o mundo passou a olhar mais para o futuro. O que foi encontrado com essa visão da vanguarda? O seguinte pensamento: “o futuro aos jovens pertence”. E foi assim que os influenciadores se voltaram para uma moda mais unissex. Calças jeans, jaquetas de couro, gel para cabelo. Os rebeldes (sim, aqueles eram rebeldes – por favor, não faça analogia alguma com aquela novela latina) passaram a fumar cigarro e a andar em grupinhos com aqueles que tinham o mesmo estilo. A divisão por parte de gostos começava na juventude americana. Enquanto os “boys” se aglomeravam no carro conversível do mais riquinho da turma só para chamar a atenção das garotas que começavam a usar mini-saias, os hippies procuravam apreciar a natureza e a emoção, além de pregarem um futuro de paz e harmonia, protestando contra o sistema capitalista e guerreiro da época.
Já nos anos 70 houve a grande miscigenação dos estilos. Os hippies deixaram de ser isolados e entraram na cultura de forma estrondosa, principalmente pela simpatia dos seus ideais pacíficos. Agregue isso a cultura dos negros, a proliferação do mundo gospel e do romantismo. Pronto! Temos calças boca-de-sino, cabelos Black Power, camisas floridas, penteados dos mais diferenciados. Era como um self-service: a loja te apresentava mil modelos e você os combinava do jeito que bem queria. Paralelamente, alguns boys rebeldes ainda fumavam em seus conversíveis nas estradas de Las Vegas, enquanto no submundo da música os punks ganhavam força e dominavam as noites, azucrinando e perturbando qualquer um que cruzasse seus caminhos.
Então chegou a promissora década de 80. As microfibras e roupas de academia invadiram os manequins que imitavam Fred Mercury. A moda brega e extrapolada contagiava os clipes das bandas da época. Ser colorido ao extremo e possuir o cabelo extravagante era a moda do momento. Porém, mais oculta por essa nova tendência, os punks e góticos continuavam seu trabalho medonho, sendo repugnados pela sociedade e pela mídia. Acredita-se que seja nesta época, através de alguma mistura ocorrida nos grupos de hardcore, que tenha surgido o famoso emocore (para os mais chegados, os Emos), porém ainda apresentavam-se somente em uma ou outra música da banda, não tendo predominância no estilo que o grupo seguia. Os riquinhos rebeldes da universidade ainda existem, mas já são tachados como os vilões mimados da mídia.
Então, nos aproximamos com os anos 90. Devido a grande quantidade de criações das décadas anteriores, os “noventistas” passaram a criar derivações dos estilos, puxando o rock para o seu lado mais descontrolado ou o hippie para um estilo de vida mais moderno. Surgiram assim os grunges, os metaleiros, os extremo-góticos, os clubbers. Apesar de eles sempre existirem, foi nesta década que eles começaram a se isolar dos demais da sua origem e passaram a se dividirem mais dentro de seus próprios estilos. No mundo pop, Kate Moss era o padrão das mulheres, enquanto as mais “descabeçadas” se aglomeravam no “clubberismo”. E talvez seja neste ponto que eu começo a ser mais pessoal do que histórico.
Como disse nosso dicionário amigo lá em cima, a moda tende-se para o passageiro e mutante, enquanto o estilo propaga-se independente da época. Por exemplo, apesar de os anos 70 florescerem descontroladamente com os hippies, eles existem até hoje e ainda têm seus ideais de paz. Assim também os grupos punks, embora com menos força que outrora, costumam causar algum estrago. Porém, a moda (hoje em dia tratada pelo diminutivo “modinha” – da qual eu concordo a nominal, pelo fato de ser algo minúsculo e ridículo) é passageira e afeta a juventude (que não dominará o mundo amanhã, pois já o dita hoje) fraca e carente, que necessita de um líder que os diga o que fazer. Quem sonhava em se vestir como a moda putrefata há sete anos atrás hoje se contenta em molhar a franja. Ou seja, a maior parte da juventude atual não segue um padrão adotado pela condição social de seu estado ou pela influencia musical que lhe é preferida. De forma alguma! Se vestem com aquilo que o outro está vestindo, da qual por sua vez estava olhando para o que um aproveitador disse ser a “parada do momento”.
Sim, dos anos 90 para cá a sociedade jovem se desmantelou e perdeu qualquer laço de amizade antes considerada pelo que a pessoa é. Os grupos passaram a se acumular devido ao modo de vestir que, em vez de corresponder ao que a pessoa deseja corresponde ao que o grupo quer. Percebe o círculo vicioso que isto causa? Abandonar a sua raiz, esquecer o universo de estilos que já existiram para encontrar a combinação que mais lhe agrada (como se fazia nos anos 80), perdeu o valor. Basta você ver o que o grupo está vestindo. E logo isto vai morrer. Sim, lógico que vai. Os clubbers morreram!
E o que temos agora? Emocore! Mundo sentimentalista que em vez de buscar o estado de espírito momentâneo do ser, tendência sua vida para um eterno desconformismo e uma depressão equilibrada constante. Para a nova moda, não se escuta AC/DC quando se está alegre e elétrico e não se busca Led Zeppelin no momento em que está pensativo. Cito esses exemplos seguindo o meu padrão, mas cada um deve possuir o seu. Porém, espero que alguém me diga: QUAL A FUNCIONALIDADE DE SE ESTAR SEMPRE TENTANDO SER DEPRESSIVO?
Infelizmente, não há resposta. Acredito que na verdade é somente a busca atual da juventude por encontrar uma personalidade que ele não pode criar. É encontrar um caráter que ele não pode formar desde criança. É achar no outro o “você”. Em suma, é deixar de ser você mesmo, porque não pode encontrar-se.
Mas, não se preocupem caros leitores. Segundo as estimativas, daqui cinco anos esta raça entrará em extinção. Teremos alguns momentos de paz até que outra moda nasça das cinzas desta (torço para que a próxima geração encontre um meio de vida mais alegre) e veremos os shoppings e praças sem munhequeiras pretas, franjas esticadas e sombras exageradas. Sim, do clubber colorido cheio de cores passamos ao emo descolorido. Abro um parêntese aqui, pois não posso deixar de comentar que já se chegou a seguinte conclusão: um certo clubber não tinha mais dinheiro para comprar purpurina. Triste pelo fato, ele começou a chorar. Surgia assim o primeiro emo. E assim, a partir de um emo que não encontrará mais desgosto na vida, virá a próxima moda.
A você leitor, peço o seguinte: que tenha compreensão, em momento algum quis ofender seu estilo musical. Mas dou meu conselho: seja você mesmo e busque variações que lhe agradem. É deveras enjoativo olhar uma roda em que todo mundo é ridiculamente igual.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Mestres do lápis e papel
É muito bacana quando vemos uma criança, avançando pelo seu primeiro ano de idade, pegar um papel e um giz de cera e se distrair por alguns momentos rabiscando e contornando a folha em branco. A criatividade artística dando seus primeiros passos na vida de um homem, representando o passo evolutivo, quando nossos antepassados descobriram técnicas de pinturas rupestres até largarem as paredes e aperfeiçoar a técnica em materiais mais pessoais. O despertar da forma de expressão mais impactante que existe: a pintura e o desenho. Foi através dela que recebemos contextos históricos importantíssimos e aprendemos o padrão de beleza do século XV.
É interessantíssimo ver como aquilo que está para nós “rabiscado”, para as crianças representa seu mais belo trabalho. A forma como sorriem e lhe chamam a atenção para que veja sua obra é extremamente edificante, e faz-nos pensar que a arte nunca foi criada, pois ela nada mais é do que a extensão dos nossos sentimentos.
Infelizmente nem todos conseguem levar adiante tal arte. A pureza dos desenhos infantis vai perdendo valor e esquecemos como é nos expressar através de imagens. Abro um apêndice aqui para dizer que me incluo nesta grande porcentagem humana que abandona tal arte, mesmo já tendo tentá-la inúmeras vezes. Aqueles que vão prosperar nesta empreitada, seja profissionalmente ou por apreço nas horas vagas, irão se tornar os grandes mestres da arte. De Leonardo Da Vinci a Alex Ross; de Van Gogh a Frank Cho, os artistas do passado e do presente vão mostrar aonde nos levaram as “pinturas de caverna”.
Mas nem todas as grandes artes se encontram nos museus ou em revistas de livrarias. Grandes obras estão bem ao nosso lado, na pasta de desenhos daquele amigo da escola ou do colega de trabalho. Artistas tímidos que ainda escondem um grande talento e nos mostram desenhos que representam mais do que um hobbie, são ícones do desenho e da pintura.
Sou orgulhoso em dizer que nasci entre pessoas surpreendentes. Meu irmão, desde tenra idade se mostrou um domador de lápis e papel e posso confirmar isso diariamente. Seus amigos, que foi adquirindo conforme amadurecia neste meio artístico, são de igual nível e posso dizer que estão acima de muitas pessoas que fazem quadrinhos para a Marvel ou a DC (aonde o dinheiro não leva?). São verdadeiros artistas!
Já há algum tempo freqüento um blog chamado Semanal Sketch. Lá estão reunidos grande parte destes artistas da qual vos falei. O tema desta semana para os desenhistas era “Guitarrista”. Surgiram o Slash, o Jimi Hendrix (incrível), e alguns guitarristas imaginários. Porém, fiquei surpreso em conhecer a arte de alguém que ainda não conhecia. Um novo ícone ainda desconhecido por mim. Devo confessar que fiquei boquiaberto ao ver a pintura de uma guitarrista oriental. Realmente fantástico. Me fez pensar quantas pessoas estão escondidas por aí que o mundo precisa urgentemente conhecer. Ou eu sou muito sortudo e todos estes artistas estão do meu lado.
Aí vai a minha indicação, visitem o Semanal Sketch e procurem visitar o blog pessoal do portfólio dos artistas que o freqüentam. Posto aqui algumas das surpreendentes imagens dessas pessoas que se tornaram base para mim!
É minha homenagem, principalmente ao Eric, Israel e Carlos, da qual torço para que tenham sucesso neste ramo que só tem a alegrar os olhos dos admiradores.
Arista: Cris Eiko (sim, é sobre este desenho que comentei na postagem)
Blog: http://tinyeiko.blogspot.com/
Artista: Eric Vanucci
Blog: http://www.erixportfolio.blogspot.com/
Artista: Israel dos Santos
Blog: http://fundodecaderno.blogspot.com/
Artista: Carlos Eduardo
Blog: http://cergportfolio.blogspot.com/
Artista: Fabiana Asai
Artista: Leonardo Romani
Para mais desenhos, visitem os blogs correspondentes ou http://semanalsketch.blogspot.com/
É interessantíssimo ver como aquilo que está para nós “rabiscado”, para as crianças representa seu mais belo trabalho. A forma como sorriem e lhe chamam a atenção para que veja sua obra é extremamente edificante, e faz-nos pensar que a arte nunca foi criada, pois ela nada mais é do que a extensão dos nossos sentimentos.
Infelizmente nem todos conseguem levar adiante tal arte. A pureza dos desenhos infantis vai perdendo valor e esquecemos como é nos expressar através de imagens. Abro um apêndice aqui para dizer que me incluo nesta grande porcentagem humana que abandona tal arte, mesmo já tendo tentá-la inúmeras vezes. Aqueles que vão prosperar nesta empreitada, seja profissionalmente ou por apreço nas horas vagas, irão se tornar os grandes mestres da arte. De Leonardo Da Vinci a Alex Ross; de Van Gogh a Frank Cho, os artistas do passado e do presente vão mostrar aonde nos levaram as “pinturas de caverna”.
Mas nem todas as grandes artes se encontram nos museus ou em revistas de livrarias. Grandes obras estão bem ao nosso lado, na pasta de desenhos daquele amigo da escola ou do colega de trabalho. Artistas tímidos que ainda escondem um grande talento e nos mostram desenhos que representam mais do que um hobbie, são ícones do desenho e da pintura.
Sou orgulhoso em dizer que nasci entre pessoas surpreendentes. Meu irmão, desde tenra idade se mostrou um domador de lápis e papel e posso confirmar isso diariamente. Seus amigos, que foi adquirindo conforme amadurecia neste meio artístico, são de igual nível e posso dizer que estão acima de muitas pessoas que fazem quadrinhos para a Marvel ou a DC (aonde o dinheiro não leva?). São verdadeiros artistas!
Já há algum tempo freqüento um blog chamado Semanal Sketch. Lá estão reunidos grande parte destes artistas da qual vos falei. O tema desta semana para os desenhistas era “Guitarrista”. Surgiram o Slash, o Jimi Hendrix (incrível), e alguns guitarristas imaginários. Porém, fiquei surpreso em conhecer a arte de alguém que ainda não conhecia. Um novo ícone ainda desconhecido por mim. Devo confessar que fiquei boquiaberto ao ver a pintura de uma guitarrista oriental. Realmente fantástico. Me fez pensar quantas pessoas estão escondidas por aí que o mundo precisa urgentemente conhecer. Ou eu sou muito sortudo e todos estes artistas estão do meu lado.
Aí vai a minha indicação, visitem o Semanal Sketch e procurem visitar o blog pessoal do portfólio dos artistas que o freqüentam. Posto aqui algumas das surpreendentes imagens dessas pessoas que se tornaram base para mim!
É minha homenagem, principalmente ao Eric, Israel e Carlos, da qual torço para que tenham sucesso neste ramo que só tem a alegrar os olhos dos admiradores.
Arista: Cris Eiko (sim, é sobre este desenho que comentei na postagem)
Blog: http://tinyeiko.blogspot.com/
Artista: Eric Vanucci
Blog: http://www.erixportfolio.blogspot.com/
Artista: Israel dos Santos
Blog: http://fundodecaderno.blogspot.com/
Artista: Carlos Eduardo
Blog: http://cergportfolio.blogspot.com/
Artista: Fabiana Asai
Artista: Leonardo Romani
Para mais desenhos, visitem os blogs correspondentes ou http://semanalsketch.blogspot.com/
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Contando: do 4 à 6 bilhões
Atualmente o mundo conta com mais de seis bilhões de pessoas. Elas caminham, pensam, interagem, inventam, modificam, casam, escrevem, vivem. Mas não é um número singular. Devemos notar o rodízio da vida, que troca seus moradores a cada segundo. Nascem atualmente 250 crianças por minuto, enquanto outras 100 pessoas estão morrendo. Isto significa que anualmente nascem 131.400.000 bebês e morrem 52.560.000 pessoas. Ou seja, a cada ano há um aumento populacional de aproximadamente 78.840.000. É como se nascessem quase dois estados de São Paulo por ano!
Eu, pessoalmente, completo dezoito anos em 2008. Isso significa que, desde que nasci, nasceram 2.365.200.000 de pessoas e morreram 946.080.000. O aumento populacional do meu nascimento até hoje foi de 1.419.120.000 no mundo todo. Já morei em Valinhos, com mais ou menos 90.700 habitantes; Vinhedo, com 42.800 habitantes, Itapetininga, por volta de 137.700 habitantes e minha cidade atual, Indaiatuba, beirando os 174.000 habitantes. Se nesses dezoito anos eu vi metade da população de cada cidade, então já olhei para 222.600 pessoas. Destas, caminhando pelo comércio e loja, nas escolas e padarias, devo ter conversado com mais ou menos 10% deste total, o que daria 22.260. Tenho certeza de que não me recordo de tantos nomes assim, mas estou convicto de que pelo menos com 2% dessa quantia eu já conversei por mais de três minutos. Ficaram na somatória, 223 pessoas.
Infelizmente nunca confiei em tantas pessoas assim, para fornecer meu e-mail, telefone ou MSN. 40% destas pessoas, eu não gostaria de continuar mantendo contato, afinal algumas não são pessoas de boa conduta ou tem idéias que não se encaixam com as minhas.
Agora temos 89 pessoas na lista. Nem todas elas continuam a corresponder com minha conduta, mas são pessoas das quais eu passaria um tempo conversando ou aceitaria um convite para ir ao shopping. Mas, nem todas elas têm interesse por música ou literatura. Nem todas gostam de adquirir cultura e muito menos de ler o que escrevo. Mas, ainda há alguns malucos que visitariam um blog cheio de inutilidades criado por mim para perder um tempo diário. Digamos que 10% entrariam neste domínio da Internet reservado a mim.
Porém, talvez por não concordarem ou ficarem receosos, somente 50% desses infelizes comentariam meus textos, afinal eles tiveram a capacidade de chegar até o final deles. Hmmm.... Começando desde de lá de cima... Regra de três... Divide a porcentagem...
O QUÊ ??? SOMENTE DE QUATRO A CINCO PESSOAS COMENTAM AQUI NO BLOG ?
Existem mais de seis bilhões de pessoas no mundo (e nesse momento o número já aumentou), e somente quatro comentam ? 144.000 pessoas estão morrendo por dia sem ler meu blog antes ?
Acho que eu preciso conhecer mais pessoas.
P.S. Este foi uma postagem só pra ocupar o dia de vocês. Estou preparando um novo texto: “Quando Morrem os Imortais”, mas não queria deixar o blog sem nada.
Abraço a todos !
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
"I believe I can fly... I believe I can touch the SKY !"
Quem nunca parou para olhar o céu numa noite estrelada? Ficar olhando para o infinito enquanto na mente transcorriam inúmeras citações poéticas, ou pensando nas diversas teorias do que há “lá fora”. O céu, aquele imenso telhado que cobre a todos os humanos, sempre fascinou o homem e despertou o interesse dos mais antigos pesquisadores. Fez parte da religião de muitas civilizações e esteve sempre presente em qualquer forma artística. Afinal, é o que une a todos nós. Podemos viver em locais diferentes, mas o céu sob nossas cabeças é sempre o mesmo, sob um ponto de vista diferente ("Todos vivemos sob o mesmo céu, mas ninguém tem o mesmo horizonte!" - Konrad Adenauer)
Mas, o que fascina tanto os escritores e compositores, o que eles pensavam deste grande cosmo que é tão familiar para a humanidade e ao mesmo tempo traz tantos mistérios?
Vejamos o que algumas pessoas achavam desta cortina galáctica.
Shakespeare, por ser “romântico”, achava o céu o perfeito fundo de cenário para cenas “românticas” em suas peças. O luar e as estrelas, para ele, nada mais eram do que pinceladas inspiradoras de um coração apaixonado. Porém, o céu nublado faria parte de cenas tristes, confrontos e mortes. Também sabia que o céu estava acima de nossa compreensão, porque nem mesmo o que estava abaixo dele nós compreendemos inteiramente. Como Shakespeare mesmo disse: “Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia."
Para os Beatles, o céu guardava tantos mistérios quanto para Shakespeare. Na verdade, não sei se posso afirmar “mistérios”. Está mais para “psicodelismo” (se é que posso usar essa palavra), como se ele fosse a janela para nossos sonhos e criações. O recôndito de nossa imaginação, de nossas viagens. Algo que se conta e não se explica. Para eles, aquilo que você tanto procura e não encontra, estará no céu quando olhá-lo. A menina com o sol em seus olhos, a garota com olhos de caleidoscópio. Veja, Lucy está no céu com os diamantes !
Já Stanley Kubrick sabia da incapacidade do homem. Tinha consciência de que a Terra é o nosso lugar. Atravessar o véu que divide nosso planeta com o espaço era entregar-se ao nada. Estar solto, sem controle de si mesmo. Perceber que estamos sozinhos sim, e por isso devemos ficar juntos em nosso planeta. HAL 9000 representou muito bem isso. Dave sabia que não havia para onde ir. No céu, o homem não é mais senhor de si. Lá no vácuo somos dependentes de nossas criações, de nossas máquinas e equipamentos de sobrevivência. Se elas não quiserem agir a favor de nós, então não há vida para o homem. “I’m sorry, Dave”.
E Leonardo Da Vinci sabia muito bem que somente com nossas criações poderíamos conquistar o céu. E hora ou outra ele se entretia em seus projetos, visando sempre invadir o espaço entre a terra e as nuvens, um lugar tão grande e vazio que esperava ser navegado. E foi assim que em seus papéis surgiram os precursores do helicóptero, da asa delta, do avião e outros inúmeros experimentos para avançar no intangível. Seu fascínio por tal era tão grande, a ponto de ele poder dizer que a terra firme perderia seu interesse quando conquistássemos o horizonte: "Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar." (Leonardo da Vinci)
Mas acima de tudo, de qualquer explicação científica ou social, filosófica ou racional, faço minhas as palavras de Abraham Lincoln:
"Acho impossível que um indivíduo contemplando o CÉU possa dizer que não existe um CRIADOR."
Mas, o que fascina tanto os escritores e compositores, o que eles pensavam deste grande cosmo que é tão familiar para a humanidade e ao mesmo tempo traz tantos mistérios?
Vejamos o que algumas pessoas achavam desta cortina galáctica.
Shakespeare, por ser “romântico”, achava o céu o perfeito fundo de cenário para cenas “românticas” em suas peças. O luar e as estrelas, para ele, nada mais eram do que pinceladas inspiradoras de um coração apaixonado. Porém, o céu nublado faria parte de cenas tristes, confrontos e mortes. Também sabia que o céu estava acima de nossa compreensão, porque nem mesmo o que estava abaixo dele nós compreendemos inteiramente. Como Shakespeare mesmo disse: “Há mais mistérios entre o Céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia."
Para os Beatles, o céu guardava tantos mistérios quanto para Shakespeare. Na verdade, não sei se posso afirmar “mistérios”. Está mais para “psicodelismo” (se é que posso usar essa palavra), como se ele fosse a janela para nossos sonhos e criações. O recôndito de nossa imaginação, de nossas viagens. Algo que se conta e não se explica. Para eles, aquilo que você tanto procura e não encontra, estará no céu quando olhá-lo. A menina com o sol em seus olhos, a garota com olhos de caleidoscópio. Veja, Lucy está no céu com os diamantes !
Já Stanley Kubrick sabia da incapacidade do homem. Tinha consciência de que a Terra é o nosso lugar. Atravessar o véu que divide nosso planeta com o espaço era entregar-se ao nada. Estar solto, sem controle de si mesmo. Perceber que estamos sozinhos sim, e por isso devemos ficar juntos em nosso planeta. HAL 9000 representou muito bem isso. Dave sabia que não havia para onde ir. No céu, o homem não é mais senhor de si. Lá no vácuo somos dependentes de nossas criações, de nossas máquinas e equipamentos de sobrevivência. Se elas não quiserem agir a favor de nós, então não há vida para o homem. “I’m sorry, Dave”.
E Leonardo Da Vinci sabia muito bem que somente com nossas criações poderíamos conquistar o céu. E hora ou outra ele se entretia em seus projetos, visando sempre invadir o espaço entre a terra e as nuvens, um lugar tão grande e vazio que esperava ser navegado. E foi assim que em seus papéis surgiram os precursores do helicóptero, da asa delta, do avião e outros inúmeros experimentos para avançar no intangível. Seu fascínio por tal era tão grande, a ponto de ele poder dizer que a terra firme perderia seu interesse quando conquistássemos o horizonte: "Uma vez que você tenha experimentado voar, você andará pela terra com seus olhos voltados para céu, pois lá você esteve e para lá você desejará voltar." (Leonardo da Vinci)
Mas acima de tudo, de qualquer explicação científica ou social, filosófica ou racional, faço minhas as palavras de Abraham Lincoln:
"Acho impossível que um indivíduo contemplando o CÉU possa dizer que não existe um CRIADOR."
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
O que acontece quando a personagem vira o ator?
Se existe algo importante para a carreira de um ator, é a forma como ele encarna a personagem. Afinal, nem sempre é fácil agir e pensar como alguém que você não é, e necessita de muito dom e preparo para ser convincente. Fixar-se em pontos cruciais para as causas da personagem agir de tal forma fará com que ele compreenda o estado de espírito daquele que ele interpreta e poderá traz à tona um personagem marcante para a história do cinema ou do teatro. Por outro lado, se o ator não tem essa capacidade, acabará fazendo um personagem ridículo e com certeza porá em risco a bilheteria do filme.
Porém, mais importante do que encontrar pontos externos para interpretar personalidades distintas, é encontrar pontos internos. Encontrar em si mesmo aquilo da qual você compartilha em comum com a personagem. Aquela experiência que os dois tiveram, ou determinada linha de pensamento e até mesmo certa característica psicológica. Fazer uma ligação pode acentuar determinadas ações que a personagem tomar e realmente parecer convincente quando está atuando tal cena. Não só será convincente, como será real, afinal é exatamente a mesma atitude que o ator tomaria. Se essa ligação for forte o bastante, talvez surja uma cena marcante na história do cinema, algo da qual todos se lembrarão. Algo que não fará somente parte do filme, mas da história do ator.
Mas, e se essa ligação for tão intensa que penetrará na vida pessoal do ator? E se o fictício se tornar realidade? O que acontece quando a personagem vira o ator?
Heath Ledger, filho de pais separados, ingressou no mundo da atuação como o Peter Pan, a única criança no mundo que não envelhece. Teve muitas oportunidades a partir de então, mas foi estrelando o sucesso “10 Coisas Que Odeio em Você” que as portas se abriram para a fama. Desde “O Patriota” até “Coração de Cavaleiro”, Ledger demonstrou ter uma carreira promissora que o consagraria. Porém, foi no filme Ned Kelly que ele me chamou a atenção. O ícone australiano, que já havia sido interpretado por Mick Jagger (sim, Mick Jagger, vocês ouviram bem), Ledger deu seriedade a história do revolucionário australiano, já até homenageado nas Olimpíadas de Sidney, que fugiu das tropas australianas devido a injustiças acometidas sobre sua família. O filme conta ainda com Orlando Bloom, Geoffrey Rush e Naomi Watts (que, conhecendo na filmagem, teve um relacionamento com ela na vida real por dois anos). Imortalizado como o Capitão Barbosa, Geoffrey Rush se torna um vilão histórico, postando-se como um líder destemido e ao mesmo tempo respeitando seu oponente. Mas, acima de tudo, é Heath Ledger que inspira coragem, que enfrenta a morte frente a frente e ainda tem que agir como um irmão mais velho, cuidando de sua família. Ele põe sua couraça e faz frente a um batalhão de soldados, nem que isso lhe custe a vida, Ned Kelly há de lutar pelo que é correto e nunca se entregar.
E na vida real, Ledger encarou muitos desafios. Após o polêmico “Brouckback Mountain” (da qual não assisti e não pretendo), O ator australiano explodiu na mídia. Perdeu duas indicações, mas ganhou atenção por todos os tablóides e revistas. E toda entrevista que ele dava, a perturbação era a mesma: “Ele não se incomodou de atuar como um homossexual?”. Certo que era o serviço dele, mas isso o abalou psicologicamente e profissionalmente. Teve então, um relacionamento com uma das atrizes do filme, da qual gerou uma filha, nascida em 2005. Porém, algum tempo depois, sua esposa o abandonou e conquistou a guarda da menina. O acumulo e pressão sobre toda a máquina que saía flash fez com que ele ingerisse calmantes (provavelmente até mesmo drogas).
E então, caminhando pela estrada da vida, Ledger se deparou com um portão irônico, e ao mesmo tempo macabro. Era branco, mas também sombrio. Parecia rir, mas trazia sofrimento. O portão o fazia um convite e Ledger aceitou, afinal eram muito parecidos. “O que acontece quando a personagem vira o ator?” era o que ele iria descobrir muito em breve, quando aceitou atravessar o portão com as inscrições “Coringa”.
Sim, o vilão do Batman sempre foi um mistério a psique humana. Sarcástico mas letal, o maior vilão do homem-morcego agia de forma previsível, porém pondo em risco vidas humanas. Seu gás letal matava uma pessoa sorrindo enquanto deixava os policiais com a pulga atrás da orelha. Ele era o oposto de Batman, e ao mesmo tempo exatamente igual a ele.
E no mundo do cinema, chamou-se Jack Nicholson, o Coringa em pessoa, para interpretá-lo. Atuando exatamente como o Coringa dos quadrinhos, Nicholson estreou a onda de filmes do Batman com chave de ouro, e trouxe ao mundo uma visão de vilão diferente: alguém como nós, com sentimentos em um momento, e agindo de forma inusitada do outro. Alguém como nós, que não mede esforços para conseguir o que quer. Afinal, o Coringa nada mais é do que uma caricatura de uma determinada área das atitudes humanas.
E algumas décadas depois, decidiram trazer o Coringa novamente. Porém, como todos querem fazer, apresentar sua própria visão do personagem. E lá veio um Coringa muito mais sombrio, muito mais dentro de si próprio, sarcástico mas psicótico, amedrontador. E Ledger, em seu estado depressivo, soube muito bem fazer a ligação “ator-personagem”, de tal forma que você vê, na tela, uma nova pessoa aflorar. Ele deixou de ser Peter Pan, ou Ned Kelly. Não existia mais um caubói apaixonado. Agora, nasceu a essência acumulada da dor e da vergonha. Uma gargalhada letal que ecoou de seu pulmão até os ouvidos do mundo. Heath Ledger deu sua ultima risada. Ele interpretou o Coringa, ao mesmo tempo que contou ao mundo sua “Piada Mortal”. Foi então, um período depois de terminada as filmagens do Batman, depois que o ator teve que se desligar da personagem, da qual havia um vínculo que Jack Nicholson alertava a Ledger ser tão perigoso. Sim, o Eterno Coringa-Nicholson sabia que este novo personagem era macabro demais. Sabia que um estava tomando a vida do outro como um simbionte. Ele provavelmente tinha em sua mente a resposta para a questão tema deste tópico, e sabia que era letal.
Infelizmente, Heath Ledger faleceu no dia 22 de Janeiro de 2008. Como seu último papel, ele partiu de forma sombria e misteriosa. Como o seu primeiro papel, Heath Ledger nunca vai envelhecer e ficará sempre vivo nas suas histórias. Porque todas as crianças crescem, menos uma...
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
Dizem...
Dizem que tudo é relativo. Dizem que a verdade é uma só. Dizem que Deus fez o mundo em seis dias. Dizem que o homem veio do macaco. Dizem que um gato nunca cai de costas. Dizem que um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar. Dizem que Elvis está vivo. Dizem que Paul McCartney já teria morrido. Dizem que começamos a morrer quando nascemos. Dizem que há vida após a morte. Dizem que não há cura para o câncer. Dizem que o mundo vai mudar. Dizem que Hitler se suicidou. Dizem que nunca é tarde. Dizem que o mundo se destruiu num dilúvio. Dizem que a bomba atômica vai destruir o mundo. Dizem que todos somos iguais. Dizem que ninguém tem a mesma impressão digital. Dizem que a cada vez que eu respiro, morre alguém do outro lado do mundo. Dizem que toda vez que eu pisco, nasce uma criança na América. Dizem que as fadas não existem. Dizem que há vida em Marte. Dizem que ninguém é perfeito. Dizem que o homem controla tudo. Dizem que amanhã é um novo dia. Dizem que hoje é o futuro. Dizem muitas coisas...
...mas tudo isso, foi eu quem te disse.
...mas tudo isso, foi eu quem te disse.
sábado, 26 de janeiro de 2008
Acima da capacidade!
Existem diversos tipos de cultura. A cultura que se refere a origem de um povo, seus costumes e rituais; a cultura que compete a classificação de determinadas ações correspondidas pela massa; a cultura “financeira”, que nada mais é do que as informações virais que as grandes corporações infectam a população para se aproveitar; a cultura “inútil” e a “cultura de valor”. Todas, obviamente, formam uma só cultura, que deveríamos chamar de A Cultura. Porém, fica mais fácil de especificar o que quero, se dividirmos A Cultura em várias classificações. Infelizmente, nos dias atuais a cultura “inútil”, como músicas modistas, programas de televisão passageiros (diz-se BBB) e tantas inutilidades que acabam fazendo parte do cotidiano das pessoas, mas logo passam e são substituídas por outras, estão tendo maior valor no mundo e ocupando o espaço das demais culturas. Tragicamente, até a “cultura de valor” está perdendo seu lugar ao sol.
Não! Nunca! Afinal, a cultura de valor é tudo aquilo que já fez parte de uma das outras culturas (até mesmo da “inútil), mas acabou conquistando permanentemente seu lugar ao sol. Ou seja, ela subiu a um novo nível: o nível Cult! Acho que agora esta expressão tornou-se um pouco mais clara, o que pode permitir que prossigamos ao assunto central.
Dentro da cultura de valor (do mundo Cult), existem três tipos de classificação: os que apreciam o que é Cult, os que são Cult e os que são os mestres de tudo que é Cult. O primeiro concentra as pessoas que gostam de encontrar objetos que já fizeram parte da história, que se encantam em assistir aquele filme que inovou o cinema ou se deleitam em ler o livro do clássico autor. O segundo entende-se por aqueles que manjam do assunto e vai saber te indicar aquilo que você deve ler, escutar e ouvir para conhecer certos marcos históricos. Já o terceiro, comporta aquelas pessoas que FAZEM o que é Cult, que escreveram o roteiro daquele filme ou criaram determinado estilo musical. Eles são eternos e não morrem nunca (sim, Elvis não morreu).
Porém, pensando sobre um determinado homem, descobri que ele não se encaixava em nenhum dessas classificações do mundo cultural de valor. Descobri então que, com ele, nasceu uma nova classificação. Porque ele não é um apreciador-cult, muito menos um simples Cult e nem nos mestres-cult ele se encaixava, porque ele é o Mestre-dos-mestres-Cult. Seu nome? Stanley Kubrick !
Para quem não conhece, Stanley Kubrick foi o maior diretor de cinema do mundo! Você pode odiar os filmes dele, você pode nunca ter assistido. Mas, não há quem discorde de que ele foi O diretor. “Ah, eu já ouvi falar desse cara! Ele fez aquele filme que mais parece pornô do que não sei-o-que!”. “Saquei quem é esse cara! Ele fez aquele filme de ficção cientifica pra nerdão! Uma baita enrolação que não dá pra entender nada”. “Ah, manjei! Ele é o direto daquele filme psicodélico e violento pra caramba. Vixi, até eu que faço parte dos Skinheads passei mal vendo esse filme”. “Poxa, ele dirigiu aquele filme locão, que o cara monta na bomba! É uma palhaçada esse filme, sem nexo nenhum!”.
Sim, todas essas pessoas imaginárias estão falando do mesmo diretor. Kubrick fez pouquíssimos filmes em sua vida. Nenhum do mesmo gênero que o outro. Ele gostava de desafios e explorou os mais diversos tipos de filme. Tudo bem, muita gente já fez isso. Mas não como ele.
Todos seus filmes são totalmente PERFEITOS. Sim, sem falhas nenhuma. E todas as cenas de todos os seus filmes mostram e representam mais do que querem. Ele era um gênio e não existe ninguém neste mundo que possa entender tudo o que ele fez. Ele é o mestre dos mestres Cult, cara! Ninguém tem tanta faixa classificatória pra poder sacar o que ele fazia! Tom Cruise que o diga. Filmou uma mesma tomada CENTENAS (isso, centenas) de vezes, pois não estava perfeita! Tinha que ser perfeito. Precisava ser perfeito! Era um filme de Kubrick e se o cabelo, a sombra ou a quantidade de suco no copo não estivessem exatos, não entraria no seu filme. Interessante comentar sobre o suco, pois no filme “De olhos bem fechados”, ele brinca, pois a cada tomada a uma quantidade variada de vinho na taça, sem que no decorrer da cena alguém o esteja bebendo. Uma simbologia? Provavelmente, mas vá entender!
Ele era um mestre e sabia muito bem trabalhar não só a visão do telespectador, mas fazer com que o filme penetrasse no subconsciente da pessoa e o perturbasse lá dentro, sem usar mensagens subliminares para isso! Infelizmente não assisti todo o Laranja Mecânica, mas é o filme que exemplifica muito bem o termo “perturbação mental”. É psicodélico e realista ao mesmo tempo. Na verdade, não é nenhum dos dois. É “Kubrickiano”.
Porém, se eu vim para falar de Stanley Kubrick, é para dizer sobre a sua obra-prima. Sobre o marco-dos-marcos. Infelizmente, ele acabou com todos os filmes que viriam depois dele. É humilhante você comparar qualquer filme feito em setenta, oitenta ou noventa ao seu ilustre 2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO. Tanto em trilha sonora quanto no enredo, o filme arregaça! Sua obra mais complexa, fruto da criação juntamente com o escritor Arthur C. Clarke, Kubrick se elevou mesmo nos efeitos especiais. É ridículo, totalmente ridículo, comparar as cenas que ele criou em 1964 com um filme lançado em 1980. Não é exagero e nem sobre um ponto de vista “critico”. É o óbvio. Não gosto de afirmar isso, afinal sou fã frenético de Superman, mas os “espetaculares” efeitos especiais de 1977 do homem de aço ficam no chinelo com o "2001", lançado 13 anos antes, na época em que tudo era feito por fotografia. Quando afirmo que não há como explicar a maneira que ele fez o que fez, não estou exagerando. A produção desse filme é um total segredo (eu acredito que ele saltou para 2017, fez o filme com o pessoal de lá e voltou ao ano original para lançá-lo). Apesar de muitos fazerem suas teses quanto ao verdadeiro sentido do monólito negro (vide imagem à direita, inferior) ou a “criança-estrela” (vide imagem à direita, superior), e mesmo após as inúmeras tentativas (desnecessárias) de Arthur C. Clarke dar sua opinião nos livros quanto as verdadeiras origens, Kubrick é forte em afirmar que o filme foi feito para que cada um entenda de acordo com sua cultura ou sua crença. Sim, você pode assistir ao filme e. Pode afirmar que o filme fala estritamente da proteção de Deus para com sua criação. Ou ainda, acreditar que se trata de um desenvolvimento da humanidade, rumo a auto-sobrevivência.
“Putz, Mateus. O que você quer dizer com tudo isso? Ta virando conversa de nerd! Não estou entendendo nada!”
Me desculpem, eu sei. Mas é que é impossível contar sobre o filme. Cada vez que o assisto, tenho uma visão distinta dele. Para cada um, há um determinado significado. Quanto a sua qualidade, é inexplicável. Realmente, impossível de se entender.
Bem, este foi quase um post inútil... Falei, falei e não consegui explicar o que queria. Quer entender melhor porque faltam palavras? A próxima vez que for a locadora peça pelo filme 2001:Uma Odisséia No Espaço (ou peça para mim... tenho ele em DVD!!!!). Pegue um dia que não esteja com sono (ou fique a postos com o seu controle remoto), pois o filme é demorado e certas partes são muito enroladas (não desnecessariamente, pois trata-se de uma mensagem que o diretor quer nos passar). Após terminar, volte e leia o post novamente.
“Puxa, não consegui. Não tive saco. Gosto de filme com violência e porrada. Sou macho! Sou MANOWAR!” Okay, te dou uma segunda chance. Volte a locadora (esse eu não tenho) e peça por Laranja Mecânica. Antes de alugar pergunte a moça o que ela achou do filme. Ou ela irá se recordar e começará a passar mal na sua frente, ou então sairá correndo pela porta gritando desesperadamente. Aí sim, você pode alugá-lo!
Mas lembrem-se, o Monolito Negro vigia você !
Imagem do Monolito Negro retirado do filme 2001: Uma Odisséia no Espaço
Não! Nunca! Afinal, a cultura de valor é tudo aquilo que já fez parte de uma das outras culturas (até mesmo da “inútil), mas acabou conquistando permanentemente seu lugar ao sol. Ou seja, ela subiu a um novo nível: o nível Cult! Acho que agora esta expressão tornou-se um pouco mais clara, o que pode permitir que prossigamos ao assunto central.
Dentro da cultura de valor (do mundo Cult), existem três tipos de classificação: os que apreciam o que é Cult, os que são Cult e os que são os mestres de tudo que é Cult. O primeiro concentra as pessoas que gostam de encontrar objetos que já fizeram parte da história, que se encantam em assistir aquele filme que inovou o cinema ou se deleitam em ler o livro do clássico autor. O segundo entende-se por aqueles que manjam do assunto e vai saber te indicar aquilo que você deve ler, escutar e ouvir para conhecer certos marcos históricos. Já o terceiro, comporta aquelas pessoas que FAZEM o que é Cult, que escreveram o roteiro daquele filme ou criaram determinado estilo musical. Eles são eternos e não morrem nunca (sim, Elvis não morreu).
Porém, pensando sobre um determinado homem, descobri que ele não se encaixava em nenhum dessas classificações do mundo cultural de valor. Descobri então que, com ele, nasceu uma nova classificação. Porque ele não é um apreciador-cult, muito menos um simples Cult e nem nos mestres-cult ele se encaixava, porque ele é o Mestre-dos-mestres-Cult. Seu nome? Stanley Kubrick !
Para quem não conhece, Stanley Kubrick foi o maior diretor de cinema do mundo! Você pode odiar os filmes dele, você pode nunca ter assistido. Mas, não há quem discorde de que ele foi O diretor. “Ah, eu já ouvi falar desse cara! Ele fez aquele filme que mais parece pornô do que não sei-o-que!”. “Saquei quem é esse cara! Ele fez aquele filme de ficção cientifica pra nerdão! Uma baita enrolação que não dá pra entender nada”. “Ah, manjei! Ele é o direto daquele filme psicodélico e violento pra caramba. Vixi, até eu que faço parte dos Skinheads passei mal vendo esse filme”. “Poxa, ele dirigiu aquele filme locão, que o cara monta na bomba! É uma palhaçada esse filme, sem nexo nenhum!”.
Sim, todas essas pessoas imaginárias estão falando do mesmo diretor. Kubrick fez pouquíssimos filmes em sua vida. Nenhum do mesmo gênero que o outro. Ele gostava de desafios e explorou os mais diversos tipos de filme. Tudo bem, muita gente já fez isso. Mas não como ele.
Todos seus filmes são totalmente PERFEITOS. Sim, sem falhas nenhuma. E todas as cenas de todos os seus filmes mostram e representam mais do que querem. Ele era um gênio e não existe ninguém neste mundo que possa entender tudo o que ele fez. Ele é o mestre dos mestres Cult, cara! Ninguém tem tanta faixa classificatória pra poder sacar o que ele fazia! Tom Cruise que o diga. Filmou uma mesma tomada CENTENAS (isso, centenas) de vezes, pois não estava perfeita! Tinha que ser perfeito. Precisava ser perfeito! Era um filme de Kubrick e se o cabelo, a sombra ou a quantidade de suco no copo não estivessem exatos, não entraria no seu filme. Interessante comentar sobre o suco, pois no filme “De olhos bem fechados”, ele brinca, pois a cada tomada a uma quantidade variada de vinho na taça, sem que no decorrer da cena alguém o esteja bebendo. Uma simbologia? Provavelmente, mas vá entender!
Ele era um mestre e sabia muito bem trabalhar não só a visão do telespectador, mas fazer com que o filme penetrasse no subconsciente da pessoa e o perturbasse lá dentro, sem usar mensagens subliminares para isso! Infelizmente não assisti todo o Laranja Mecânica, mas é o filme que exemplifica muito bem o termo “perturbação mental”. É psicodélico e realista ao mesmo tempo. Na verdade, não é nenhum dos dois. É “Kubrickiano”.
Porém, se eu vim para falar de Stanley Kubrick, é para dizer sobre a sua obra-prima. Sobre o marco-dos-marcos. Infelizmente, ele acabou com todos os filmes que viriam depois dele. É humilhante você comparar qualquer filme feito em setenta, oitenta ou noventa ao seu ilustre 2001: UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO. Tanto em trilha sonora quanto no enredo, o filme arregaça! Sua obra mais complexa, fruto da criação juntamente com o escritor Arthur C. Clarke, Kubrick se elevou mesmo nos efeitos especiais. É ridículo, totalmente ridículo, comparar as cenas que ele criou em 1964 com um filme lançado em 1980. Não é exagero e nem sobre um ponto de vista “critico”. É o óbvio. Não gosto de afirmar isso, afinal sou fã frenético de Superman, mas os “espetaculares” efeitos especiais de 1977 do homem de aço ficam no chinelo com o "2001", lançado 13 anos antes, na época em que tudo era feito por fotografia. Quando afirmo que não há como explicar a maneira que ele fez o que fez, não estou exagerando. A produção desse filme é um total segredo (eu acredito que ele saltou para 2017, fez o filme com o pessoal de lá e voltou ao ano original para lançá-lo). Apesar de muitos fazerem suas teses quanto ao verdadeiro sentido do monólito negro (vide imagem à direita, inferior) ou a “criança-estrela” (vide imagem à direita, superior), e mesmo após as inúmeras tentativas (desnecessárias) de Arthur C. Clarke dar sua opinião nos livros quanto as verdadeiras origens, Kubrick é forte em afirmar que o filme foi feito para que cada um entenda de acordo com sua cultura ou sua crença. Sim, você pode assistir ao filme e. Pode afirmar que o filme fala estritamente da proteção de Deus para com sua criação. Ou ainda, acreditar que se trata de um desenvolvimento da humanidade, rumo a auto-sobrevivência.
“Putz, Mateus. O que você quer dizer com tudo isso? Ta virando conversa de nerd! Não estou entendendo nada!”
Me desculpem, eu sei. Mas é que é impossível contar sobre o filme. Cada vez que o assisto, tenho uma visão distinta dele. Para cada um, há um determinado significado. Quanto a sua qualidade, é inexplicável. Realmente, impossível de se entender.
Bem, este foi quase um post inútil... Falei, falei e não consegui explicar o que queria. Quer entender melhor porque faltam palavras? A próxima vez que for a locadora peça pelo filme 2001:Uma Odisséia No Espaço (ou peça para mim... tenho ele em DVD!!!!). Pegue um dia que não esteja com sono (ou fique a postos com o seu controle remoto), pois o filme é demorado e certas partes são muito enroladas (não desnecessariamente, pois trata-se de uma mensagem que o diretor quer nos passar). Após terminar, volte e leia o post novamente.
“Puxa, não consegui. Não tive saco. Gosto de filme com violência e porrada. Sou macho! Sou MANOWAR!” Okay, te dou uma segunda chance. Volte a locadora (esse eu não tenho) e peça por Laranja Mecânica. Antes de alugar pergunte a moça o que ela achou do filme. Ou ela irá se recordar e começará a passar mal na sua frente, ou então sairá correndo pela porta gritando desesperadamente. Aí sim, você pode alugá-lo!
Mas lembrem-se, o Monolito Negro vigia você !
Imagem do Monolito Negro retirado do filme 2001: Uma Odisséia no Espaço
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Brutal Fight: Senhor dos Anéis vs Harry Potter
Seguindo a idéia inicial do blog, decidi criar uma nova linha de posts. Não serão seguidos, quando eu ver que existe algo bacana para entrar nessa classificação, e voialá!, posto!
A intenção é ser um Brutal Fight entre duas coisas do mesmo gênero e que competem entre si. Ta, não sou expert em nenhum assunto, mas também sei que nenhum de vocês iria entrar no meu blog para ficar vendo detalhes técnicos e minuciosamente chatos sobre determinado assunto. A intenção é eu postar os prós e os contras e esperar a opinião de vocês do “vencedor” nos comentários!
Enfim, para começar a saga Brutal Fight, chamo a arena dois gigantes que invadiram os dois maiores meios de entretenimento do mundo, tanto o literário quanto o cinematográfico: O Senhor dos Anéis e Harry Potter!
A todos os fãs de pequeno bruxo, tenho o conforto de dizer que gosto muito dele e fascinei-me pelos seus livros. Mas não posso começar a transcrição sem iniciar pelo ponto principal: os diversos plágios da autora com relação ao grande mestre da literatura.
Iniciemos então, pelo nome dela. J.K.Rowling. Nenhuma semelhança com o forte tom de J.R.R.Tolkien. Se você me der uma lista de cinco autores muito famosos (com exceção desses que já citei) cujos nomes sejam em iniciais, com exceção pelo ultimo sobrenome, lhe dou um beijo!!! É óbvio a apreciação dela pelo mestre dos mestres das letras.
Segundo ponto, a ambientação da história. A nossa amiga escritora foi esperta em colocar Harry Potter no mundo atual, porém escondido dos outros. Afinal, é isso que a mulecada quer acreditar, que existe um mundo mágico que nós não vemos (e quem não quer acreditar nisso?). Porém, o mundo bruxo de Rowling está passando pela mesma situação da Terra Média de Tolkien. O grande Senhor das Trevas (das duas histórias) estava num período de ascensão, causando medo em todo o mundo. Os homens mais sábios e poderosos se juntaram para enfrentá-lo. Mas de forma inesperada, os Senhores Escuros perdem seu poder, enfraquecem completamente e o mundo fica em paz por longos anos. Os poderosos partem cada um para o lado (e vão se encontrar de novo para ajudar o pequeno que irá livrá-los) e, muuuuuito coincidentemente, esse Ser do Mal perde sua forma física. Tem que vagar em espírito e tentar voltar a vida. Sim, e é nesse período que as duas histórias se passam: o período de paz acabou, porque a sombra do Inimigo está se levantando novamente e todos sabem que ele tenta se reerguer.
E sabe o que é pior? É que Sauron, várias vezes, foi chamado de O-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, ou coisas do tipo, pois seu nome era mau agouro. A dona Rowlin só usou isso muitas mais vezes, chamando Voldemort de Aquele-que-não-chamado, ou Você-sabe-quem. Sim, e os dois chefões finais precisam de um objeto para voltar a vida, algo para dar-lhes poder novamente. Sauron anseia desesperadamente pelo Um Anel, e Voldemort fez suas Horcruxes para mantê-lo vivo, e procura as Relíquias da Morte para ter total poder. É mole? Eu podia parar por aí, que a trama já tava feita. Afinal, só mudou a época e o personagem principal. Mas J.K.R não se contentou só com a ambientação da história. Ela era fascinada por certas criações do nosso amigão J.R.R.T.
Temos aranhas gigantes, capas de invisibilidade, coletes protetores, águias salvadores (águias dá-se também por Hipogrifos), criaturas-cinzentas-escravas-e-traiçoeiras, magos antigos e sábios, etc. Sim, infelizmente minha memória é fraca e já faz algum tempo que eu li os livros, tanto Senhor dos Anéis quanto Harry Potter. Afirmo, conclusivamente, que pequenos detalhes e seres que aparecem na criação de Tolkien (algumas cortadas pelo cinema de Peter Jackson), são usadas mais relevantemente por Rowling. Porém, não se faz história fantástica sem criaturas fantásticas. Mas, e quanto aos acontecimentos?
O mago sábio e instrutor do personagem principal morre! Caramba! E faz isso para que seus companheiros possam prosseguir a salvos, enquanto ele distrai o inimigo! É inacreditável, não? Afirmo que fiquei surpreso quando cheguei a tal ponto no livro de Harry Potter, pois já havia desistido da idéia de que Rowling o matasse. Meu pensamento era exatamente esse: “Ela não vai fazer isso... Tolkien já fez uma vez, não dará certo de novo”. E não deu. Realmente, choca a primeiro momento sua morte, mas a seqüência se torna somente uma “desculpa” para enrolar mais o último livro. Apenas um distúrbio por Harry Potter querer saber qual o verdadeiro passado do mago Dumbledore. Enrola, enrola, enrola. Ocupa a maior parte da leitura. E no final: “Isso não importa, ele foi uma boa pessoa!” Bleeerggh !!! E esse fato deixou uma lacuna tão grande para Rowling fala qualquer baboseira de seu personagem, que alegou em entrevista depois que ele era GAY!!! Isso desmantela toda a imagem firme do mestre de Potter, Dumbledor é homossexual! Ridícula, totalmente contraditório com a saga. Se ela o tivesse preparado sutilmente em todos os livros e realmente afirmado isso (lá no livro, não numa coletiva de imprensa), tudo bem. Mas ela só queria matar o coitado. Como uma coisa levou a outra, ta aí. Ele teve que virar gay!
E, caminhando na reta final da nossa conclusão, temo o personagem principal. “Ah, qualé Mateus! Frodo não tem nada a ver com Harry”. Aparência física? Não. Mas Rowling plagiou de novo. Os dois personagens tem o mesmo destino: destruir aquilo que o vilão necessita para voltar. E isso, ao final, leva o quê? Se aproximar o máximo do vilão. E o que acontece com cada um deles: tem uma forte ligação com o Senhor Escuro! Sim, os nossos amigos salvadores tem que controlar a si mesmo, a suas mentes, pois se não a “ligação mental” “que o Senhor do Mal tem com eles se ativa, e tudo vai por água abaixo. Eles devem fechar a mente, pois se não o vilão vê através dos olhos do mocinho. E o mocinho através dos olhos do vilão!!! Ta aí a próxima marmelada. Frodo está a tanto tempo ligado ao Um Anel, que começa a mudar seu comportamento. Renega a Samwise Gamgi e o despreza, achando que vai conseguir por si só, mas na verdade é um instrumento do mal. Começa a agir de forma violenta e desprezível e, em determinados momentos, você sente raiva dele. Puff.... Qualquer leitor de Harry Potter sabe que é isso mesmo o que acontece com o jovem bruxo. Fica “viajando” pela mente do inimigo, o que é muito perigoso, e começa a agir de forma violenta, egoísta e maltratando seu melhor amigo. Mais alguma coisa?
Sim, um último spoiler (sim, é uma citação ao último livro do Harry Potter, se você ainda não leu e se sente ofendido em saber, pule para o próximo parágrafo). O final da história? Determinadas pessoas morreram, vamos lembrar deles. Ta, isso é comum em histórias de guerra. Mas nem toda história de guerra mostra os personagens “secundários” próximos dos primários, com seus filhos e suas gerações. Agradecemo a Tolkien por não ter feito Frodo se casar (diferente do que Rowling fez), mas deu um fim a Sam, com sua esposa e filhos para finalizar a história. Exatamente como Rowling faz ao terminar HP. Infelizmente, JKR teve a capacidade de dar uma renca de filhos a Harry Potter e ainda a dar-lhes nomes RÍDICULOS !!! Caramba, ela não sabia inventar nomes. Pega só o nome mais novo do filho dele: Albus Severus não-lembro-o-que Potter. É horrível! E a trama do Anel termina de forma reconfortante e MITOLÓGICA (não é qualquer um que embarca nos Portos Cinzentos). Já a saga do bruxo da cicatriz acaba que nem filme-família da sessão da tarde. Horrível.
Um Brutal Fight entre os filmes? HP foi feliz em dinheiro e efeitos especiais. Feliz também em colocar todos os pontos importantes dentro do filme. Só que algumas coisas tem que ser sacrificadas. A história é muito corrida, pulando de um ponto ao outro. Parece mais um trailer do filme e não uma história continua. E muita enrolação pra novelice da coisa. Para compensar, TODOS os finais são excelentes e as brigas muito bem feitas. Parabéns aos finais de Harry Potter, pois são vocês que fazem a gente ainda gostar dos filmes. Ah, mais um conselho: PETER JACKSON É O CARA!!! O Senhor dos Anéis tem muito mais conteúdo que o livro infanto-juvenil de Rowling, e ele ainda conseguiu dar coerência e fluxo a história. Você sente o tempo que passou, vê ligação de um fato a outro. Não ficam lacunas de tempo visíveis. Quanto aos bem sucedidos efeitos especiais de Harry Potter, os de Senhor dos Anéis deixam no chinelo !!!
“Poxa, e ainda disse que curte Harry Potter! Só meteu o pau!” Infelizmente, é porque ele disputou com o Senhor dos Anéis. Mas devemos aplaudir Rowling, pois ela fez uma coisa surpreendente: retirou pontos de Tolkien, aproveitou-os por mais vezes na história, ambientou tudo isso num livro para crianças e nos tempos atuais. E o melhor? Fez um sucesso lascado. Existem bilhões de livros que plagiam e usam fontes da obra-prima de Tolkien, mas todos se tornam ridículos e desprezíveis. JKR o fez e foi sortuda. E mais uma coisa temos de agradecer a ela, afinal, muitas crianças e adolescentes voltaram para o mundo dos livros devido a sua obra e despertaram o interesse e a prática da leitura através de seu “plágio”. Sim, ela foi esperta e se deu bem.
Mas, no Brutal Fight não há dúvida nenhuma. Senhor dos Anéis sai vitorioso por NOCAUTE !!!!!!!!!
Desculpem pelo texto longo, mas não vi outra de forma de descrever tanta coisa. Se você agüentou ler até aqui, dê sua opinião !!!
A intenção é ser um Brutal Fight entre duas coisas do mesmo gênero e que competem entre si. Ta, não sou expert em nenhum assunto, mas também sei que nenhum de vocês iria entrar no meu blog para ficar vendo detalhes técnicos e minuciosamente chatos sobre determinado assunto. A intenção é eu postar os prós e os contras e esperar a opinião de vocês do “vencedor” nos comentários!
Enfim, para começar a saga Brutal Fight, chamo a arena dois gigantes que invadiram os dois maiores meios de entretenimento do mundo, tanto o literário quanto o cinematográfico: O Senhor dos Anéis e Harry Potter!
A todos os fãs de pequeno bruxo, tenho o conforto de dizer que gosto muito dele e fascinei-me pelos seus livros. Mas não posso começar a transcrição sem iniciar pelo ponto principal: os diversos plágios da autora com relação ao grande mestre da literatura.
Iniciemos então, pelo nome dela. J.K.Rowling. Nenhuma semelhança com o forte tom de J.R.R.Tolkien. Se você me der uma lista de cinco autores muito famosos (com exceção desses que já citei) cujos nomes sejam em iniciais, com exceção pelo ultimo sobrenome, lhe dou um beijo!!! É óbvio a apreciação dela pelo mestre dos mestres das letras.
Segundo ponto, a ambientação da história. A nossa amiga escritora foi esperta em colocar Harry Potter no mundo atual, porém escondido dos outros. Afinal, é isso que a mulecada quer acreditar, que existe um mundo mágico que nós não vemos (e quem não quer acreditar nisso?). Porém, o mundo bruxo de Rowling está passando pela mesma situação da Terra Média de Tolkien. O grande Senhor das Trevas (das duas histórias) estava num período de ascensão, causando medo em todo o mundo. Os homens mais sábios e poderosos se juntaram para enfrentá-lo. Mas de forma inesperada, os Senhores Escuros perdem seu poder, enfraquecem completamente e o mundo fica em paz por longos anos. Os poderosos partem cada um para o lado (e vão se encontrar de novo para ajudar o pequeno que irá livrá-los) e, muuuuuito coincidentemente, esse Ser do Mal perde sua forma física. Tem que vagar em espírito e tentar voltar a vida. Sim, e é nesse período que as duas histórias se passam: o período de paz acabou, porque a sombra do Inimigo está se levantando novamente e todos sabem que ele tenta se reerguer.
E sabe o que é pior? É que Sauron, várias vezes, foi chamado de O-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, ou coisas do tipo, pois seu nome era mau agouro. A dona Rowlin só usou isso muitas mais vezes, chamando Voldemort de Aquele-que-não-chamado, ou Você-sabe-quem. Sim, e os dois chefões finais precisam de um objeto para voltar a vida, algo para dar-lhes poder novamente. Sauron anseia desesperadamente pelo Um Anel, e Voldemort fez suas Horcruxes para mantê-lo vivo, e procura as Relíquias da Morte para ter total poder. É mole? Eu podia parar por aí, que a trama já tava feita. Afinal, só mudou a época e o personagem principal. Mas J.K.R não se contentou só com a ambientação da história. Ela era fascinada por certas criações do nosso amigão J.R.R.T.
Temos aranhas gigantes, capas de invisibilidade, coletes protetores, águias salvadores (águias dá-se também por Hipogrifos), criaturas-cinzentas-escravas-e-traiçoeiras, magos antigos e sábios, etc. Sim, infelizmente minha memória é fraca e já faz algum tempo que eu li os livros, tanto Senhor dos Anéis quanto Harry Potter. Afirmo, conclusivamente, que pequenos detalhes e seres que aparecem na criação de Tolkien (algumas cortadas pelo cinema de Peter Jackson), são usadas mais relevantemente por Rowling. Porém, não se faz história fantástica sem criaturas fantásticas. Mas, e quanto aos acontecimentos?
O mago sábio e instrutor do personagem principal morre! Caramba! E faz isso para que seus companheiros possam prosseguir a salvos, enquanto ele distrai o inimigo! É inacreditável, não? Afirmo que fiquei surpreso quando cheguei a tal ponto no livro de Harry Potter, pois já havia desistido da idéia de que Rowling o matasse. Meu pensamento era exatamente esse: “Ela não vai fazer isso... Tolkien já fez uma vez, não dará certo de novo”. E não deu. Realmente, choca a primeiro momento sua morte, mas a seqüência se torna somente uma “desculpa” para enrolar mais o último livro. Apenas um distúrbio por Harry Potter querer saber qual o verdadeiro passado do mago Dumbledore. Enrola, enrola, enrola. Ocupa a maior parte da leitura. E no final: “Isso não importa, ele foi uma boa pessoa!” Bleeerggh !!! E esse fato deixou uma lacuna tão grande para Rowling fala qualquer baboseira de seu personagem, que alegou em entrevista depois que ele era GAY!!! Isso desmantela toda a imagem firme do mestre de Potter, Dumbledor é homossexual! Ridícula, totalmente contraditório com a saga. Se ela o tivesse preparado sutilmente em todos os livros e realmente afirmado isso (lá no livro, não numa coletiva de imprensa), tudo bem. Mas ela só queria matar o coitado. Como uma coisa levou a outra, ta aí. Ele teve que virar gay!
E, caminhando na reta final da nossa conclusão, temo o personagem principal. “Ah, qualé Mateus! Frodo não tem nada a ver com Harry”. Aparência física? Não. Mas Rowling plagiou de novo. Os dois personagens tem o mesmo destino: destruir aquilo que o vilão necessita para voltar. E isso, ao final, leva o quê? Se aproximar o máximo do vilão. E o que acontece com cada um deles: tem uma forte ligação com o Senhor Escuro! Sim, os nossos amigos salvadores tem que controlar a si mesmo, a suas mentes, pois se não a “ligação mental” “que o Senhor do Mal tem com eles se ativa, e tudo vai por água abaixo. Eles devem fechar a mente, pois se não o vilão vê através dos olhos do mocinho. E o mocinho através dos olhos do vilão!!! Ta aí a próxima marmelada. Frodo está a tanto tempo ligado ao Um Anel, que começa a mudar seu comportamento. Renega a Samwise Gamgi e o despreza, achando que vai conseguir por si só, mas na verdade é um instrumento do mal. Começa a agir de forma violenta e desprezível e, em determinados momentos, você sente raiva dele. Puff.... Qualquer leitor de Harry Potter sabe que é isso mesmo o que acontece com o jovem bruxo. Fica “viajando” pela mente do inimigo, o que é muito perigoso, e começa a agir de forma violenta, egoísta e maltratando seu melhor amigo. Mais alguma coisa?
Sim, um último spoiler (sim, é uma citação ao último livro do Harry Potter, se você ainda não leu e se sente ofendido em saber, pule para o próximo parágrafo). O final da história? Determinadas pessoas morreram, vamos lembrar deles. Ta, isso é comum em histórias de guerra. Mas nem toda história de guerra mostra os personagens “secundários” próximos dos primários, com seus filhos e suas gerações. Agradecemo a Tolkien por não ter feito Frodo se casar (diferente do que Rowling fez), mas deu um fim a Sam, com sua esposa e filhos para finalizar a história. Exatamente como Rowling faz ao terminar HP. Infelizmente, JKR teve a capacidade de dar uma renca de filhos a Harry Potter e ainda a dar-lhes nomes RÍDICULOS !!! Caramba, ela não sabia inventar nomes. Pega só o nome mais novo do filho dele: Albus Severus não-lembro-o-que Potter. É horrível! E a trama do Anel termina de forma reconfortante e MITOLÓGICA (não é qualquer um que embarca nos Portos Cinzentos). Já a saga do bruxo da cicatriz acaba que nem filme-família da sessão da tarde. Horrível.
Um Brutal Fight entre os filmes? HP foi feliz em dinheiro e efeitos especiais. Feliz também em colocar todos os pontos importantes dentro do filme. Só que algumas coisas tem que ser sacrificadas. A história é muito corrida, pulando de um ponto ao outro. Parece mais um trailer do filme e não uma história continua. E muita enrolação pra novelice da coisa. Para compensar, TODOS os finais são excelentes e as brigas muito bem feitas. Parabéns aos finais de Harry Potter, pois são vocês que fazem a gente ainda gostar dos filmes. Ah, mais um conselho: PETER JACKSON É O CARA!!! O Senhor dos Anéis tem muito mais conteúdo que o livro infanto-juvenil de Rowling, e ele ainda conseguiu dar coerência e fluxo a história. Você sente o tempo que passou, vê ligação de um fato a outro. Não ficam lacunas de tempo visíveis. Quanto aos bem sucedidos efeitos especiais de Harry Potter, os de Senhor dos Anéis deixam no chinelo !!!
“Poxa, e ainda disse que curte Harry Potter! Só meteu o pau!” Infelizmente, é porque ele disputou com o Senhor dos Anéis. Mas devemos aplaudir Rowling, pois ela fez uma coisa surpreendente: retirou pontos de Tolkien, aproveitou-os por mais vezes na história, ambientou tudo isso num livro para crianças e nos tempos atuais. E o melhor? Fez um sucesso lascado. Existem bilhões de livros que plagiam e usam fontes da obra-prima de Tolkien, mas todos se tornam ridículos e desprezíveis. JKR o fez e foi sortuda. E mais uma coisa temos de agradecer a ela, afinal, muitas crianças e adolescentes voltaram para o mundo dos livros devido a sua obra e despertaram o interesse e a prática da leitura através de seu “plágio”. Sim, ela foi esperta e se deu bem.
Mas, no Brutal Fight não há dúvida nenhuma. Senhor dos Anéis sai vitorioso por NOCAUTE !!!!!!!!!
Desculpem pelo texto longo, mas não vi outra de forma de descrever tanta coisa. Se você agüentou ler até aqui, dê sua opinião !!!
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
É, eu nasci numa época legal !
Não sei se eu já comentei isso com alguém que está lendo agora, mas quando eu era criança acreditava que haviam pequenos homenzinhos dentro do rádio e era por isso que saía som dali. Melhor dizendo, imaginava-os como uma bandinha mexicana (com enormes chapéus, mantas sobre os ombros e todos – sem exceção – com longos bigodes), balançando ao som de seus instrumentos típicos.
Não sei se era por causa da época em que minhas primeiras recordações musicais vieram (não são boas, tenha certeza – acho que essa imagem da banda mexicana veio por causa do “La Bamba”), mas crescer na era do tape e da febre do uso de playbacks teve grande importância nas minhas decisões futuras.
Ou não ! Afinal, abandonei todos aqueles Sandy e Júniors na época do cabelo repicado, os ridículos Tiriricas que se aproveitavam de sua feiúra e a revolução musical mexicana que invadiu as férias praianas dos brasileiros. E somente anos depois fui descobrir que no mesmo tempo em que meus ouvidos eram preenchidos pelo ridículo, os últimos anos do bom e verdadeiro Rock estavam acontecendo no lado americano mais desenvoldido.
Caramba, quem me dera ter sabido antes quem era Kurt Cobain, talvez eu tivesse lamentado sua morte (se é que eu tinha consciência própria na época desses fatos). Ou até mesmo desmantelado com a separação do Guns N Roses. Sim, eu nasci logo após a melhor época da música e infelizmente não pude apreciá-la. Como diria meu amigo Brian Johson, a todos vocês que apreciaram essa época: we salute you !
Mas eu não reclamo da minha data de nascimento não. Se perdi os tempos da boa música, foi porque escapei dos maus anos do cinema. Lógico, existem clássicos oitentistas, mas muita (e muita mesmo) porcaria e “clichezada” !!! Minha nossa ! Acho que a moda era usar clichês cansativos! Acho que foi por isso que uma década depois o pessoal começou a notar o que estavam fazendo e mudaram de vida. Sim, a década de noventa pode não ter sido a melhor no começo, mas fechou com chave de ouro! Trouxe a abertura para o Novo Milênio, que pedia para nascer em berço de ouro. Filmes como Matrix e Godzilla introduziram a importância de efeitos especiais que a nova geração iria aclamar. E foi no final dos anos noventa também que começou a “publicar um filme” antes que ele fosse feito. Os rumores (lembro-me até hoje de quando prometiam fazer o filme do X-Men e do Scooby Doo – isso na época que estreou O Fantasma) fizeram a expectativa das pessoas crescer tanto que era quase inacreditável quando realmente havia o cartaz dele nos cinemas (poxa, não havia Internet com “veja a primeira imagem de” na época – o máximo que tínhamos era a revista Herói). E o que trouxe os anos de 2000 ??? UMA CHUVARADA DE COISA BOA RAPAZ !!! Me faz acreditar que eu nasci na época certa. Porque posso ver todos esses filmes bacanas no cinema: King Kong, Senhor dos Anéis, Homem-Aranha, Piratas do Caribe, Matrix, o recente Eu Sou a Lenda, Superman e por aí vai! Acho que nunca houve melhor era para o cinema e não sei se haverá!
E quanto a música? Ela não é tão importante assim como o cinema?
Ainda bem que existe Internet... Falando nisso, preciso atualizar meu Shareazza antes de começar a baixa mais músicas do Led Zeppellin.
Até mais!
Não sei se era por causa da época em que minhas primeiras recordações musicais vieram (não são boas, tenha certeza – acho que essa imagem da banda mexicana veio por causa do “La Bamba”), mas crescer na era do tape e da febre do uso de playbacks teve grande importância nas minhas decisões futuras.
Ou não ! Afinal, abandonei todos aqueles Sandy e Júniors na época do cabelo repicado, os ridículos Tiriricas que se aproveitavam de sua feiúra e a revolução musical mexicana que invadiu as férias praianas dos brasileiros. E somente anos depois fui descobrir que no mesmo tempo em que meus ouvidos eram preenchidos pelo ridículo, os últimos anos do bom e verdadeiro Rock estavam acontecendo no lado americano mais desenvoldido.
Caramba, quem me dera ter sabido antes quem era Kurt Cobain, talvez eu tivesse lamentado sua morte (se é que eu tinha consciência própria na época desses fatos). Ou até mesmo desmantelado com a separação do Guns N Roses. Sim, eu nasci logo após a melhor época da música e infelizmente não pude apreciá-la. Como diria meu amigo Brian Johson, a todos vocês que apreciaram essa época: we salute you !
Mas eu não reclamo da minha data de nascimento não. Se perdi os tempos da boa música, foi porque escapei dos maus anos do cinema. Lógico, existem clássicos oitentistas, mas muita (e muita mesmo) porcaria e “clichezada” !!! Minha nossa ! Acho que a moda era usar clichês cansativos! Acho que foi por isso que uma década depois o pessoal começou a notar o que estavam fazendo e mudaram de vida. Sim, a década de noventa pode não ter sido a melhor no começo, mas fechou com chave de ouro! Trouxe a abertura para o Novo Milênio, que pedia para nascer em berço de ouro. Filmes como Matrix e Godzilla introduziram a importância de efeitos especiais que a nova geração iria aclamar. E foi no final dos anos noventa também que começou a “publicar um filme” antes que ele fosse feito. Os rumores (lembro-me até hoje de quando prometiam fazer o filme do X-Men e do Scooby Doo – isso na época que estreou O Fantasma) fizeram a expectativa das pessoas crescer tanto que era quase inacreditável quando realmente havia o cartaz dele nos cinemas (poxa, não havia Internet com “veja a primeira imagem de” na época – o máximo que tínhamos era a revista Herói). E o que trouxe os anos de 2000 ??? UMA CHUVARADA DE COISA BOA RAPAZ !!! Me faz acreditar que eu nasci na época certa. Porque posso ver todos esses filmes bacanas no cinema: King Kong, Senhor dos Anéis, Homem-Aranha, Piratas do Caribe, Matrix, o recente Eu Sou a Lenda, Superman e por aí vai! Acho que nunca houve melhor era para o cinema e não sei se haverá!
E quanto a música? Ela não é tão importante assim como o cinema?
Ainda bem que existe Internet... Falando nisso, preciso atualizar meu Shareazza antes de começar a baixa mais músicas do Led Zeppellin.
Até mais!
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